sexta-feira, 17 de outubro de 2008

"Donos da Mídia": uma ferramenta poderosa para democratizar a comunicação


fonte: http://www.ciranda.net/
terça-feira 14 de outubro de 2008
Está à disposição da sociedade brasileira um extraordinário banco de dados sobre os grupos de mídia do país. Concebido e liderado por Daniel Herz, Donos da Mídia desvenda os laços de redes e grupos de comunicação, demonstra como o controle sobre a mídia é exercido, o papel dos políticos, a ilegalidade de suas ações e da situação de empresas do setor
Pedro Luiz Osório
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O uso do superlativo "extraordinário" justifica-se facilmente: basta acessar www.donosdamidia. com.br para constatar que o site deverá se constituir em um marco na história das pesquisas sobre comunicação no Brasil. Além da sua diversidade e completude, Donos da Mídia é também um estudo inédito que permite avaliar as relações políticas, sociais e econômicas decorrentes da concentração da mídia nacional.
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Produzido pelo Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), entidade parceira do FNDC, Donos da Mídia, que está em fase de finalização, lista 7.275 veículos de comunicação, abrangendo rádios (inclusive as comunitárias) , televisão aberta e por assinatura, revistas e jornais. Relaciona também as retransmissoras de televisão. No caso dos jornais, registra somente os de circulação diária ou semanal.
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O papel controlador das redes
Donos da Mídia demonstra como tais veículos se organizam, destacando o papel estruturador das redes nacionais de televisão, especialmente as cinco maiores: Globo, Band, Record, SBT e Rede TV!. Há 33 redes de TV, às quais estão ligados 1.415 veículos, geralmente através de grupos afiliados. As redes de emissoras de rádio FM e OM somam 21...
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Também são identificados grupos nacionais e regionais. Os grupos nacionais foram definidos como o "conjunto de empresas, fundações ou órgãos públicos que controlam mais de um veículo, independentemente de seu suporte, em mais de dois estados". Foram identificados 33 grupos, controladores de 267 veículos. Record (34 veículos), Band (32) e Globo (29) são os maiores.
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Grupos regionais são aqueles que "controlam mais de uma entidade de mídia, independentemente de seu suporte", atuando em até dois estados. Há 139 deles, controlando 655 veículos. RBS (55 veículos), OJC (24) e Sistema Mirante (22) são os maiores - todos são ligados a Globo. Esses dados podem ser vistos aqui. Os veículos quantificados podem ser localizados geograficamente na consulta à seção Lugares. Cada um dos 5.564 municípios brasileiros é referido.
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A ilegalidade de grupos e políticos
Navegando em Donos da Mídia, é possível saber quantos veículos há em cada município, quais os grupos de mídia atuantes nas várias regiões, bem como dimensionar a cobertura das redes. Confira aqui. Para visualizar, por exemplo, o mapa da mídia em São Paulo, clique aqui. Os dados sobre as empresas incluem desde os seus endereços até seus concessionários, permissionários ou proprietários.
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A localização dos veículos e a identificação de seus concessionários (e seus sócios) permite, por exemplo, constatar a situação ilegal da maioria dos grupos de mídia. Quase todos controlam um número de concessões superior ao permitido por lei. Os limites de concessões ou permissões para os serviços de radiodifusão podem ser vistos aqui. Outra ilegalidade flagrada pelo cruzamento de dados proporcionado pelo site é a participação direta de políticos no controle de emissoras de rádio e TV.
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Como é sabido, a Constituição Federal proíbe (artigo 54) os deputados e senadores participar de organização definida como "pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público". Essa determinação constitucional aplica-se, por extensão, aos deputados estaduais e prefeitos. Entretanto, Donos da Mídia, identificou 20 senadores, 48 deputados federais, 55 deputados estaduais e 147 prefeitos como sócios ou diretores de empresas de radiodifusão.
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Quanto às suas origens partidárias, predominam os políticos filiados ao DEM (58, ou 21,4%), ao PMDB (48, ou 17,71%) e ao PSDB (43, ou 15,87%)...
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Um projeto de Daniel Herz
Apoiado em fontes sólidas e em uma extensa e detalhada pesquisa, Donos da Mídia representa o vértice de um projeto concebido e liderado pelo jornalista Daniel Herz, um dos fundadores do FNDC e seu principal mentor, falecido em maio de 2006. Ele também criou o Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), sediado em Porto Alegre.
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Em sua fase decisiva, o projeto foi conduzido pelo jornalista James Görgen, que integrou o Epcom por vários anos... Além da equipe relacionada no site, participou da pesquisa, na fase preliminar, a então estagiária de jornalismo Michele Fatturi.
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O jornalista e professor universitário Celso Schröder, Coordenador-geral do FNDC, sugere que todas as entidades, universidades, ongs e sindicatos coloquem nos seus sites um link para Donos da Mídia. Observa que "a luta pela democracia na mídia só terá sucesso quando a sociedade se apropriar dela." E acrescenta: "Donos da Mídia demonstra de modo enfático as distorções que o FNDC vem apontando e ratifica suas proposições. Poderá ser uma ferramenta poderosa a serviço dos que ambicionam democratizar a comunicação brasileira e do aperfeiçoamento das suas propostas de políticas públicas."
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Carmesin

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Que bela a ruína do capital!

fonte: Dálcio
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Confesso que tenho dado saltos de alegria por conta desta crise pela qual o sistema que é em si uma completa crise, vem perpassando. O cancêr, outro nome usado pelo capitalismo, parece com isso entrar em sua fase mais aguda. Crise de confiança ou golpe dos especuladores que tem mais folêgo, tudo indica que o resultado após ela será a mudança. Se for pra pior notaremos um aumento ainda maior dos monopólios que já tanto abarcam com os seus tentáculos. Mas quem sabe não seja pra melhor!
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É, é isso que você já deve ter notado: um fio de esperança. Quem sabe não vira: rio. Para o bem ou para o mal uma coisa é certa, o Palácio dos Governos são meras filiais. A Bolsa sim é o castelo que pretende arruinar o movimento de martelos!
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Mas outro cheiro enche os sentidos. Uma brisa que vem do campo está nos chamando pra ir plantar batatas. Coisa sensata, porque a crise vai ser brava e a moderna tecnologia oferecida pela metrópole não dão caldo algum.
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Nada mais a declarar
Eu quero sonhar
e não ser cemitério
de cadáveres
por não terem atravessado
a linha do imaginário.
(2008/10/16 Alek Sander de Carvalho)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

2 MESES E 23 MINUTOS (parte 1)

MTST A LUTA É PRA VALER!
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Fonte: Rogério Pixote - Youtube

2 MESES E 23 MINUTOS (parte 2)

Fonte: Rogério Pixote - Youtube

2 MESES E 23 MINUTOS (parte 3)

Fonte: Rogério Pixote - Youtube

O preço é um roubo!

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A produção da energia elétrica através da hidroeletricidade (barragens) é considerada uma das mais baratas. Apesar disso, o brasileiro paga a 5ª maior tarifa do mundo, duas vezes mais cara que os norteamericanos. Além disso,as famílias pagam até 12 vezes mais pela energia elétrica do que as grandes empresas. O povo paga caro para eles terem a luz subsidiada e a preço de custo.
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Durante o plebiscito popular pela reestatização da mineradora Vale, mais de 3 milhões de brasileiros disseram não a essa exploração no preço da luz. Diga não você também!
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Propostas da Campanha
1- Cadastramento e aplicação do desconto da Tarifa Social para as 18 milhões de famílias que têm direito.
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2- 100kwh/mês gratuitos para todas as famílias de baixa renda (isso já funciona no Paraná).
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3- Igualdade de preço entre o valor pago pelas grandes empresas e pelas famílias. Queremos igualdade, por exemplo, com o que paga a Alcoa (R$ 0,045 Kw/h) e a Vale (0,033 Kw/h).
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4- Acabar com a “farra” dos aumentos de preço da energia.
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5- Todas as pessoas devem ter luz em suas casas, sem precisar pagar para que a luz chegue.
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6- O fim do subsídio para as grandes empresas.

Minctiroso

Mais uma das grandes corporações monopolistas que nunca deixaram de mandar neste país.
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Fonte: http://www.mabnacional.org.br/noticias/061008_licenca_ambiental.html
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Licença Ambiental “delivery”
Telma Delgado Monteiro
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Apesar de já ter sido considerado “imbarrável” pelo Ibama, o rio Araguaia é hoje objeto de entendimentos entre o Ministério de Minas e Energia (MME) e o do Meio Ambiente (MMA). E para evitar os “entraves ambientais” nos projetos de duas hidrelétricas, Santa Isabel e Couto Magalhães, terá um tratamento especial.
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Os entendimentos entre esses ministérios vão beneficiar a concessão da Hidrelétrica Santa Isabel, no rio Araguaia, dada há sete anos à Vale do Rio Doce. O projeto está sendo ressuscitado para receber a chancela de um Ibama “mais pragmático”, conforme expressão do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
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Flexibilizar é a palavra de ordem no MMA e, no caso do rio Araguaia que esteve a salvo até agora de aproveitamentos hidrelétricos, ela pode significar danos ambientais em terras indígenas, destruição de sítios arqueológicos e perda de cenários deslumbrantes.
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O projeto da Hidrelétrica Santa Isabel, de 2001, volta para ameaçar o incrível patrimônio arqueológico de cerâmicas, pinturas e gravuras rupestres. Arqueólogos alertam para o impacto direto em mais de 100 sítios na região escolhida para ficar submersa. A ilha dos Martírios, com aproximadamente cinco mil gravuras rupestres, estaria condenada.
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A fronteira energética está em franca expansão na região do Araguaia, para desespero dos defensores do cerrado!
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Um grande negócio para quem?
Construir hidrelétricas é um grande negócio, no Brasil, em que o governo federal e governos estaduais concedem incentivos fiscais e facilitam o acesso a fontes de recursos para financiamento às empreiteiras. Só no Estado do Tocantins estão em elaboração 31 projetos entre Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Usinas Hidrelétricas (UHEs).
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Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht são parceiros da Eletrobrás para transformar a Amazônia no seu canteiro de obras. E o governo federal, incentivado pelos empresários do apocalipse do apagão, propõe mudanças na legislação ambiental para facilitar a concessão de licenças aos projetos de hidrelétricas.
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Para esse processo de retorno à ditadura do Brasil grande, os ministérios estão buscando fórmulas mágicas para “aperfeiçoar” o processo de licenciamento ambiental e torná-lo mais rápido. Licença ambiental “delivery” é o novo produto lançado pelo Ministro Minc.
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Os pareceres técnicos do Ibama, em 2002, atestaram a inviabilidade ambiental dos projetos das hidrelétricas no rio Araguaia. Para o presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, vai ser fácil assinar essas licenças ambientais, experiente que é em ignorar as recomendações de seus técnicos, como no caso da Hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira.
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Fala-se em incompatibilidade entre os interesses do País e os critérios de licenciamento ambiental. A sociedade precisa rever quais são os verdadeiros interesses do País. Já se está chamando de “entraves ambientais” as leis que garantem o direito dos cidadãos a um meio ambiente equilibrado.
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Essa garantia está na Constituição Federal.