quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sem teto são despejados em Embu (SP)

Sitio: http://www.radioagencianp.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5903&Itemid=1
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Sem teto são despejados em Embu (SP)
Cerca de 900 famílias sem teto foram despejadas de uma área em Embu das Artes (SP) nesta terça-feira (2). As famílias estavam há quase três meses no terreno de mais de 100 mil metros quadrados, localizado no bairro Nossa Senhora de Fátima. De acordo com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o espaço pertence à Rosa Tereza Basilli, uma grande latifundiária da região, e nele havia uma fábrica de cera desativada.
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Os sem-teto começaram a ser despejados do local, nomeado por eles de acampamento Silvério Jesus, às nove da manhã. O despejo foi concluído no fim da tarde. De acordo com a coordenadora do MTST, Jaqueline Gomes, os moradores do acampamento ficaram indignados com o descaso como foram tratados.
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“A postura da polícia, a princípio, foi conversar. Depois teve uma postura mais repressiva, de não esperar as famílias poderem se deslocar. E a gente precisaria de mais tempo, porque os poucos caminhões tinham que efetuar várias viagens e esse tempo não foi fornecido. Depois de um certo período, eles deram meia hora para as famílias colocarem as coisas no meio da rua e depois levar para o galpão, que fica em São Paulo.”
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Das famílias despejadas, algumas foram para casa de parentes, outras, que viviam de aluguel, vão tentar alugar outro local para viver. Cerca de 250 famílias que não tinham para onde ir fizeram uma marcha pela cidade. Elas montaram um acampamento em praça pública para reivindicar uma área provisória onde possam se alojar ou um programa de auxílio emergencial, chamado de bolsa aluguel.
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De São Paulo, da Radioagência NP, Vinicius Mansur.
02/12/08

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Prioridades de um governo ptucano: Desvio de verba pública

Lamentável mais este movimento da elite econômica que coloca a todo o momento o político no cativeiro. Como se não bastasse o total controle que já têm sobre o mesmo, a onda é a mesma de sempre: desviar verba pública para socorrer o privado.
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Assim, em momentos de crises agudas num sistema que é uma eterna crise, rasgam-se os manuais liberais e neoliberais. Mais importante do que isso, ruem discursos. Há estas horas o preceito número um de Estado mínimo virou entulho. Não se enganem isso não é uma recaída, logo um defesa do neoliberalismo. Em verdade o discurso sempre mascarou a verdadeira face do neoliberalismo, justamente aquela, a qual, as crises põem à nu, no caso, a conveniência de que o estado é mínimo enquanto promotor de benfeitorias sociais e máximo para socorrer bancos, indústrias, latinfundiários, entre outros parasitas que ocupam um setor de atividade no ramo econômico.
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Assim, na disputa por verba a elite econômica, que é governo sai disparada na frente deixando algumas migalhas para o deleite de desdentados. Nunca vou esquecer os 40 bilhões que choraram para a saúde ano passado! Em contrapartida, Lula liberou 10 bilhões para que a construção civil não desaqueça (coitadinhos), sem contar dos 4 bi, se não me engano, que também liberou para as montadoras, pois segundo disse a indústria automobilística não pode deixar de ser o carro chefe da nossa econômia. Sem dúvida foi uma tucanagem no sentido mais clássico do nosso atual desgovernante Lula. No plano estadual e com experiência em desvio de verbas públicas para financiamento do negócio privado, o faci-tucano atirador da elite José Serra liberou mais 4 bi do meu, do teu, do nosso dinheiro para as montadoras paulista.
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Sempre interessante nestes momentos trazer a consicência uma palavrinha para reflexão: PRIORIDADES. Digo, um governo que prioriza o negócio privado tem de ser destituído.
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Fonte: Terra Magazine
SP: Ajuda a montadoras criaria 13 km de metrô
Milton Michida/Divulgação
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O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), concede entrevista após o anúncio da ajuda às montadoras
Diego Salmen
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Com a verba de crédito disponibilizada pelo governador José Serra a montadoras de automóvel em São Paulo seria possível construir até 13 quilômetros de metrô na capital paulista. A extensão é maior do que a da Linha 2 Verde, que liga a estação Alto do Ipiranga à Vila Madalena e passa sob a Av. Paulista, centro financeiro da cidade.
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Segundo informações da própria Companhia do Metropolitano de São Paulo, o custo de cada quilômetro construído deste meio de transporte público gira em torno de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões. O valor - que inclui estações, vagões e estacionamento para os trens - varia de acordo com a geologia do solo, o número de composições necessárias para a linha construída e o tamanho da área a ser desapropriada.
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Na última terça-feira, 11, o governo de São Paulo liberou, por intermédio do banco Nossa Caixa, R$ 4 bilhões para 15 financeiras ligadas às montadoras, com o objetivo de estimular a produção e a compra de veículos no Estado.
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Eric Ferreira, doutor em Engenharia dos Transportes e ex-diretor do Institute for Transportation and Development Policy (ITPD), qualifica a atitude do governador como "demagógica".
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"- Ele gosta de congestionamento. Está criando um mercado de consumo de carros, deixando de incentivar quem quer andar a pé ou de bicicleta".
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Durante a campanha à prefeitura da cidade, Gilberto Kassab (DEM), agora reeleito, assumiu o compromisso de injetar R$ 1 bilhão dos cofres municipais no metrô. Já a candidata Marta Suplicy (PT) prometeu investir R$ 490 milhões anuais no transporte subterrâneo.
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Ferreira cita ainda a criação de corredores de ônibus como uma forma barata e eficaz de diminuir os congestionamentos na capital. Para ele, o trânsito nas ruas de São Paulo prejudica mais os usuários de ônibus do que os donos de automóveis.
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"- Na competição de tempo e dinheiro, mesmo com trânsito, o carro ganha do transporte público. Se faz o mesmo deslocamento do ônibus em metade do tempo".

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

"Donos da Mídia": uma ferramenta poderosa para democratizar a comunicação


fonte: http://www.ciranda.net/
terça-feira 14 de outubro de 2008
Está à disposição da sociedade brasileira um extraordinário banco de dados sobre os grupos de mídia do país. Concebido e liderado por Daniel Herz, Donos da Mídia desvenda os laços de redes e grupos de comunicação, demonstra como o controle sobre a mídia é exercido, o papel dos políticos, a ilegalidade de suas ações e da situação de empresas do setor
Pedro Luiz Osório
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O uso do superlativo "extraordinário" justifica-se facilmente: basta acessar www.donosdamidia. com.br para constatar que o site deverá se constituir em um marco na história das pesquisas sobre comunicação no Brasil. Além da sua diversidade e completude, Donos da Mídia é também um estudo inédito que permite avaliar as relações políticas, sociais e econômicas decorrentes da concentração da mídia nacional.
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Produzido pelo Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), entidade parceira do FNDC, Donos da Mídia, que está em fase de finalização, lista 7.275 veículos de comunicação, abrangendo rádios (inclusive as comunitárias) , televisão aberta e por assinatura, revistas e jornais. Relaciona também as retransmissoras de televisão. No caso dos jornais, registra somente os de circulação diária ou semanal.
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O papel controlador das redes
Donos da Mídia demonstra como tais veículos se organizam, destacando o papel estruturador das redes nacionais de televisão, especialmente as cinco maiores: Globo, Band, Record, SBT e Rede TV!. Há 33 redes de TV, às quais estão ligados 1.415 veículos, geralmente através de grupos afiliados. As redes de emissoras de rádio FM e OM somam 21...
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Também são identificados grupos nacionais e regionais. Os grupos nacionais foram definidos como o "conjunto de empresas, fundações ou órgãos públicos que controlam mais de um veículo, independentemente de seu suporte, em mais de dois estados". Foram identificados 33 grupos, controladores de 267 veículos. Record (34 veículos), Band (32) e Globo (29) são os maiores.
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Grupos regionais são aqueles que "controlam mais de uma entidade de mídia, independentemente de seu suporte", atuando em até dois estados. Há 139 deles, controlando 655 veículos. RBS (55 veículos), OJC (24) e Sistema Mirante (22) são os maiores - todos são ligados a Globo. Esses dados podem ser vistos aqui. Os veículos quantificados podem ser localizados geograficamente na consulta à seção Lugares. Cada um dos 5.564 municípios brasileiros é referido.
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A ilegalidade de grupos e políticos
Navegando em Donos da Mídia, é possível saber quantos veículos há em cada município, quais os grupos de mídia atuantes nas várias regiões, bem como dimensionar a cobertura das redes. Confira aqui. Para visualizar, por exemplo, o mapa da mídia em São Paulo, clique aqui. Os dados sobre as empresas incluem desde os seus endereços até seus concessionários, permissionários ou proprietários.
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A localização dos veículos e a identificação de seus concessionários (e seus sócios) permite, por exemplo, constatar a situação ilegal da maioria dos grupos de mídia. Quase todos controlam um número de concessões superior ao permitido por lei. Os limites de concessões ou permissões para os serviços de radiodifusão podem ser vistos aqui. Outra ilegalidade flagrada pelo cruzamento de dados proporcionado pelo site é a participação direta de políticos no controle de emissoras de rádio e TV.
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Como é sabido, a Constituição Federal proíbe (artigo 54) os deputados e senadores participar de organização definida como "pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público". Essa determinação constitucional aplica-se, por extensão, aos deputados estaduais e prefeitos. Entretanto, Donos da Mídia, identificou 20 senadores, 48 deputados federais, 55 deputados estaduais e 147 prefeitos como sócios ou diretores de empresas de radiodifusão.
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Quanto às suas origens partidárias, predominam os políticos filiados ao DEM (58, ou 21,4%), ao PMDB (48, ou 17,71%) e ao PSDB (43, ou 15,87%)...
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Um projeto de Daniel Herz
Apoiado em fontes sólidas e em uma extensa e detalhada pesquisa, Donos da Mídia representa o vértice de um projeto concebido e liderado pelo jornalista Daniel Herz, um dos fundadores do FNDC e seu principal mentor, falecido em maio de 2006. Ele também criou o Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), sediado em Porto Alegre.
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Em sua fase decisiva, o projeto foi conduzido pelo jornalista James Görgen, que integrou o Epcom por vários anos... Além da equipe relacionada no site, participou da pesquisa, na fase preliminar, a então estagiária de jornalismo Michele Fatturi.
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O jornalista e professor universitário Celso Schröder, Coordenador-geral do FNDC, sugere que todas as entidades, universidades, ongs e sindicatos coloquem nos seus sites um link para Donos da Mídia. Observa que "a luta pela democracia na mídia só terá sucesso quando a sociedade se apropriar dela." E acrescenta: "Donos da Mídia demonstra de modo enfático as distorções que o FNDC vem apontando e ratifica suas proposições. Poderá ser uma ferramenta poderosa a serviço dos que ambicionam democratizar a comunicação brasileira e do aperfeiçoamento das suas propostas de políticas públicas."
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Carmesin

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Que bela a ruína do capital!

fonte: Dálcio
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Confesso que tenho dado saltos de alegria por conta desta crise pela qual o sistema que é em si uma completa crise, vem perpassando. O cancêr, outro nome usado pelo capitalismo, parece com isso entrar em sua fase mais aguda. Crise de confiança ou golpe dos especuladores que tem mais folêgo, tudo indica que o resultado após ela será a mudança. Se for pra pior notaremos um aumento ainda maior dos monopólios que já tanto abarcam com os seus tentáculos. Mas quem sabe não seja pra melhor!
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É, é isso que você já deve ter notado: um fio de esperança. Quem sabe não vira: rio. Para o bem ou para o mal uma coisa é certa, o Palácio dos Governos são meras filiais. A Bolsa sim é o castelo que pretende arruinar o movimento de martelos!
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Mas outro cheiro enche os sentidos. Uma brisa que vem do campo está nos chamando pra ir plantar batatas. Coisa sensata, porque a crise vai ser brava e a moderna tecnologia oferecida pela metrópole não dão caldo algum.
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Nada mais a declarar
Eu quero sonhar
e não ser cemitério
de cadáveres
por não terem atravessado
a linha do imaginário.
(2008/10/16 Alek Sander de Carvalho)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

2 MESES E 23 MINUTOS (parte 1)

MTST A LUTA É PRA VALER!
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Fonte: Rogério Pixote - Youtube

2 MESES E 23 MINUTOS (parte 2)

Fonte: Rogério Pixote - Youtube

2 MESES E 23 MINUTOS (parte 3)

Fonte: Rogério Pixote - Youtube

O preço é um roubo!

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A produção da energia elétrica através da hidroeletricidade (barragens) é considerada uma das mais baratas. Apesar disso, o brasileiro paga a 5ª maior tarifa do mundo, duas vezes mais cara que os norteamericanos. Além disso,as famílias pagam até 12 vezes mais pela energia elétrica do que as grandes empresas. O povo paga caro para eles terem a luz subsidiada e a preço de custo.
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Durante o plebiscito popular pela reestatização da mineradora Vale, mais de 3 milhões de brasileiros disseram não a essa exploração no preço da luz. Diga não você também!
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Propostas da Campanha
1- Cadastramento e aplicação do desconto da Tarifa Social para as 18 milhões de famílias que têm direito.
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2- 100kwh/mês gratuitos para todas as famílias de baixa renda (isso já funciona no Paraná).
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3- Igualdade de preço entre o valor pago pelas grandes empresas e pelas famílias. Queremos igualdade, por exemplo, com o que paga a Alcoa (R$ 0,045 Kw/h) e a Vale (0,033 Kw/h).
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4- Acabar com a “farra” dos aumentos de preço da energia.
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5- Todas as pessoas devem ter luz em suas casas, sem precisar pagar para que a luz chegue.
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6- O fim do subsídio para as grandes empresas.

Minctiroso

Mais uma das grandes corporações monopolistas que nunca deixaram de mandar neste país.
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Fonte: http://www.mabnacional.org.br/noticias/061008_licenca_ambiental.html
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Licença Ambiental “delivery”
Telma Delgado Monteiro
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Apesar de já ter sido considerado “imbarrável” pelo Ibama, o rio Araguaia é hoje objeto de entendimentos entre o Ministério de Minas e Energia (MME) e o do Meio Ambiente (MMA). E para evitar os “entraves ambientais” nos projetos de duas hidrelétricas, Santa Isabel e Couto Magalhães, terá um tratamento especial.
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Os entendimentos entre esses ministérios vão beneficiar a concessão da Hidrelétrica Santa Isabel, no rio Araguaia, dada há sete anos à Vale do Rio Doce. O projeto está sendo ressuscitado para receber a chancela de um Ibama “mais pragmático”, conforme expressão do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
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Flexibilizar é a palavra de ordem no MMA e, no caso do rio Araguaia que esteve a salvo até agora de aproveitamentos hidrelétricos, ela pode significar danos ambientais em terras indígenas, destruição de sítios arqueológicos e perda de cenários deslumbrantes.
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O projeto da Hidrelétrica Santa Isabel, de 2001, volta para ameaçar o incrível patrimônio arqueológico de cerâmicas, pinturas e gravuras rupestres. Arqueólogos alertam para o impacto direto em mais de 100 sítios na região escolhida para ficar submersa. A ilha dos Martírios, com aproximadamente cinco mil gravuras rupestres, estaria condenada.
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A fronteira energética está em franca expansão na região do Araguaia, para desespero dos defensores do cerrado!
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Um grande negócio para quem?
Construir hidrelétricas é um grande negócio, no Brasil, em que o governo federal e governos estaduais concedem incentivos fiscais e facilitam o acesso a fontes de recursos para financiamento às empreiteiras. Só no Estado do Tocantins estão em elaboração 31 projetos entre Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Usinas Hidrelétricas (UHEs).
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Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht são parceiros da Eletrobrás para transformar a Amazônia no seu canteiro de obras. E o governo federal, incentivado pelos empresários do apocalipse do apagão, propõe mudanças na legislação ambiental para facilitar a concessão de licenças aos projetos de hidrelétricas.
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Para esse processo de retorno à ditadura do Brasil grande, os ministérios estão buscando fórmulas mágicas para “aperfeiçoar” o processo de licenciamento ambiental e torná-lo mais rápido. Licença ambiental “delivery” é o novo produto lançado pelo Ministro Minc.
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Os pareceres técnicos do Ibama, em 2002, atestaram a inviabilidade ambiental dos projetos das hidrelétricas no rio Araguaia. Para o presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, vai ser fácil assinar essas licenças ambientais, experiente que é em ignorar as recomendações de seus técnicos, como no caso da Hidrelétrica Santo Antônio, no rio Madeira.
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Fala-se em incompatibilidade entre os interesses do País e os critérios de licenciamento ambiental. A sociedade precisa rever quais são os verdadeiros interesses do País. Já se está chamando de “entraves ambientais” as leis que garantem o direito dos cidadãos a um meio ambiente equilibrado.
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Essa garantia está na Constituição Federal.

sábado, 20 de setembro de 2008

Narrativas iconográficas

Foto: Cuducos - alguns direitos reservados; fonte: http://panoptico.wordpress.com/
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A imagem acima foi retirada de um daqueles espaços muito foda que se encontra pela net depois de muita garimpagem. Recomendo uma visita ao Panótpico.
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Carmesin

Yeda Nazi

Yeda "Nazi" Crusius. Prestem atenção neste rosto e mais que isto em seus atos.
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Mais uma da Yeda "Nazi" Crusius
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O sítio da Brasil de Fato publicou esta semana inquestionáveis provas sobre o óbvio dos já tão habituais métodos de tratamento que a facista polícia gaúcha à mando da nazi, embora não se precisasse de tanto, vem dispendendo para com os movimentos sociais. Claro que tudo é feito sob a égide da justiça na coleira dos ruralistas e multinacionais como Stora Enso, Monsanto, Bayer, Bunge entre outros negócios de senhores de engenho que há muito vêm colocando em operação suas táticas para sequestro do político.
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Agora ao que parece estão ansiosos para reeditar o golpe militar de 1964 que massacrou, torturou, desapareceu com milhares de pessoas, tivessem esses algum envolvimento político ou a maltratada fisionomia modelada pela fome. Para tanto, já reeditaram a polícia política. Tiveram a tácita autorização do coiso, Gilmar Mendes, e sua gangue, que também criminalizou em discurso de posse as ações dos movimentos sociais.
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Cabe uma questão: Assisteremos, assim como outrora, pelo tubo da televisão financiada pelo marketing de senhores de engenho, tudo isso acontecer novamente?
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Nazistas paulistas e paulistanos
Antes de encerrar cabe um dado interessante a respeito do tema levantado. Já há coisa de algum tempo estou com companheiros trabalhando junto a movimentos que lutam por uma moradia, coisa simples e banal, que o poder público que supostamente nos representa, não dá a mínima. Claro que isso dá-se porque o poder político na metrópole dos arranha céus não é feito por outras pessoas, senão por especuladores imobiliários e megas empreiteiras. Isso, deve notar-se, não só explica a absurda paisagem que se ergue diariamente em espantosa velocidade sobre nossas cabeças, como sobretudo, os milhares de famintos que se acumulam sob as suas bases. Falo dos milhões de sem-teto e pessoas que vivem em condições de moradia das mais insalubres, gerenciados por este grande negócio que é produzir fome e humilhações das mais diversas. Política mais contundente, quando é incorporada a pauta política de Estado sequestrados pelo econômico interessado somente na mais valia e no desemprego necessário, para suas altas margens de lucro.
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Enfim, falo falo e não chego ao ponto. Vamos lá então. Após a recusa da prefeitura em ceder um terreno, cujo dono tinha pedências judiciais em torno de quase um milhão com o credor poder municipal, à moradores sem-teto ou massacrados por aluguéis que competiam com o sustento de casa, em mais um clássico movimento de coleguismo, negaram a população reivindicante: moradia. Ao contrário, fizeram o de sempre o avesso. Deram as costas ao povo, mas não sem antes a humilhação de pancadas e ameaças de despejo.
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Lembro-me claramente de um acontecido em uma dessas cenas. Em vígilia frente a prefeitura de Mauá o povo sem-teto foi reivindicar do prefeito coerência. O protesto pacífico, que até ali, não fora abandonado pelas forças policiais, inclusive motoras de alguns incidentes no percurso, sairam de todos os cantos, bueiros e esgotos e com um piscar de olhos estavam prontos, como cães feroses, para receberem qualquer ordem que significasse: ataque. No reboliço das discussões de policiais, cientes daqueles que serviam, com o movimento, jamais esqueço o comentário de um dos líderes: "- Caramba, cara. Os caras sabiam o meu nome sem eu ter apresentado!". Qualquer cheiro de polícia política não é mera coincidência, pois se os gaúchos tem a sua "nazi", nós temos os nossos.
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Sem mais
Façam circular!
Carmesin
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fonte:
Documento da PM gaúcha traz "instruções" para lidar com movimentos sociais
por Michelle Amaral da Silva — Última modificação 18/09/2008 16:54
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Instrução Operacional nº6 da Brigada Militar (a polícia militar gaúcha) - de caráter sigiloso - normatiza procedimentos da corporação. 18/09/2008 .
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Mayrá Lima e Raquel Casiragui de Porto Alegre (Rio Grande do Sul)


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A prova é a Instrução Operacional nº6 da Brigada Militar (a polícia militar gaúcha) divulgada pelo advogado Leandro Scalabrin durante a visita da comissão especial do Conselho de Defesa à Pessoa Humana (CDPH). O documento, entregue a todos os comandos do interior gaúcho e da capital, NORMATIZA os procedimentos da corporação em relação aos movimentos sociais. Os policiais devem fazer: 1) a identificação dos integrantes dos movimentos, 2) o monitoramento de suas sedes, 3) evitar protestos e ocupações e, 4) quando for preciso, usar a força.
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Para Scalabrin, o documento é a prova oficial de que a criminalização dos movimentos sociais é uma política do governo de Yeda Crusius (PSDB). “A normativa de 'se manter um cadastro atualizado dos movimentos sociais' já resultou somente no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e entre as mulheres camponesas em uma lista de mais de 500 pessoas fichadas, com suas supostas lideranças identificadas, com fotos, tal como fazia o DOPS na ditadura militar”, conta.
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O documento é bastante claro. Traz a finalidade da instrução e justifica com o Título 2 - “Base Legal”, em quais leis e constituições as medidas encontrariam apoio legal. Neste item, aparecem as constituições Federal e a do RS, o Código Penal Brasileiro, o Código de Trânsito Brasileiro (para os casos de acampamentos em beiras de estrada e manifestações de rua) e leis como o Estatuto da Terra e o Direito Agrário.
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No entanto, é o Título 3 - “Execução” (ver grifos no documento ao lado), destacado como inconstitucional pela comissão especial de direitos humanos, que trata da postura que os comandos regionais da BM devem ter. Em situação considerada de normalidade, os comandos devem ter um cadastro de áreas rurais (no caso dos movimentos sociais do campo) e prédios públicos (engloba as organizações urbanas) que possam ser ocupados. Também aponta a identificação e o cadastro das lideranças. Ainda determina ações para casos de “iminente ocupações” e para casos de “ocupações já concretizadas”.
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Documento “surrupiado”
O Ouvidor da Segurança Pública Adão Paiani [piadista], que participou das reuniões com a comissão, negou que exista uma política de Estado para coibir protestos. No entanto, afirmou que existem posições isoladas no governo que defendem o uso da força durante as manifestações. “Já sugeri incansavelmente ao governo do Estado e à Brigada Militar que temos alternativas a isso [violência]. Na semana passada, me reuni com o secretário de Segurança Pública e sugeri a criação da polícia agrária. Infelizmente, essa voz não tem encontrado eco no governo”, disse.
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Em entrevistas à imprensa local, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Paulo Mendes, criticou o vazamento do documento, que afirmou ser sigiloso [o cretino criticou o vazamento do documento e não o seu conteúdo, observem]. Durante um programa de TV, o militar chegou a acusar uma deputada estadual de “ter surrupiado” o documento impresso que ela mostrava na ocasião. O Estado do Rio Grande do Sul não adere ao Manual de Diretrizes Nacionais para Execução de Mandatos Judiciais e Reintegração de Posse Coletiva, produzido pela Ouvidoria Agrária Nacional e pactuado pelas secretarias de seguranças estaduais. O manual direciona o trabalho da polícia em casos de ocupações por reivindicação da Reforma Agrária. (Leia mais na edição 290 do Brasil de Fato).

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A verdadeira face do Cidade Limpa da parceiria Kassab (DEM) + Matarazzo

Recomendamos visita ao sítio: Dossiê violação dos direitos humanos, possível de ser acessado em nosso espaço.
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fonte Radioagência NP: http://www.radioagencianp.com.br/index.php
Recentemente, duas pessoas em situação de rua foram mortas na cidade de São Paulo. A primeira vítima foi encontrada carbonizada e a segunda foi morta por um grupo armado que fuzilou quatro pessoas enquanto dormiam. O fato ganhou um breve espaço na mídia que nem sequer divulgou o nome dessas pessoas. [AEK: Será que falo denovo da cidadania do carro?]
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Apenas no centro de São Paulo, vivem mais de 13 mil moradores na mesma situação. Todos sem identificação, e a maioria é vítima da loucura, do alcoolismo e das drogas.
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Em entrevista à Radioagência NP, o advogado do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe/SP), Ariel de Castro Alves, conta que a prefeitura da cidade de São Paulo é uma das principais responsáveis pela criminalização e por um movimento de higienização do centro de São Paulo. Em vez de tratamento médico, essas pessoas recebem gás de pimenta no rosto e jatos de água fria pela manhã.
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Radioagência NP: Você tem número que comprovem um histórico de assassinato de moradores de rua na cidade de São Paulo?
Ariel Castro Alves: Em 2004 tivemos o caso da morte de sete moradores de rua. Infelizmente até agora ninguém foi punido. No caso, nós tínhamos cinco policiais militares acusados e também um segurança clandestino. O Ministério Público apresentou a denúncia, mas a justiça não aceitou. Em 2006 tivemos ataques contra moradores de rua no bairro do Belém e um desses moradores acabou falecendo e outros dois ficaram feridos.
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RNP: Há uma política de limpeza social?
A.C.A: Nós temos acompanhados diversas atitudes que deixam claro uma política de limpeza social. Não temos dúvidas que está sendo patrocinada pela própria Prefeitura Municipal, inclusive com muitas atitudes e declarações da próprio secretário da subprefeitura [do centro], Andrea Matarazzo. Os próprios carroceiros são constantemente vítimas de abusos e são impedidos de circular aqui na região central de São Paulo. E estes abusos estão sendo cometidos pela própria prefeitura municipal.
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RNP: Além do impedimento de circular, que tipo de abusos são esses?
A.C.A: Registramos casos de moradores de rua sendo espancados, spray de pimenta que é jogado contra eles. Diariamente esses moradores são acordados por funcionários terceirizados que trabalham para a Prefeitura, que usam jatos de água gelada para acordar essas pessoas. Eles recebem água fria todo dia aqui no centro da cidade de São Paulo. Isso é uma forma de expulsá-los do local. Muitas vezes eles estão dormindo em cima de um cobertor ou um papelão, esse papelão é puxado e eles são derrubados no chão. Muitas vezes os bens deles, que já não são muitos, são pegos e levados por esses funcionários que atuam para a Prefeitura.
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RNP: Esta política de violência está diminuindo essa população?
A.C.A: Temos dados da FIPE [Fundação Instituto Pesquisas Econômicas] que podem ser levados em conta e que mostram que apesar dessa política de repressão, a população em situação de rua só está aumentando. Em 2003 nós tínhamos dez mil, hoje nós estamos com 13 mil. No centro de São Paulo é muito visível o aumento do número de pessoas nessa situação. E nós vemos essas pessoas o tempo todo ociosas, sem que sejam abordadas por agente sociais e encaminhadas para programas de atendimento.
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RNP: Qual a posição da Condepe a respeito destes problemas?
A.C.A: Seria fundamental que tivéssemos uma forte ação na área social e uma abordagem correta. Não uma abordagem policialesca, mas sim, uma ação por parte de pessoas preparadas. Nós já temos programas especiais com educadores de rua que sabem fazer esse tipo de abordagem e a partir disso, encaminhar essas pessoas para psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais que possam efetivamente atuar para resolver a problemática vida dessas pessoas.
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De São Paulo, da Radioagência NP, Juliano Domingues.
15/09/08

Bolívia: A informação que desinforma

Retirado do site da Brasil de Fato

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Elites econômicas tentam mais um golpe na Bolivia

Whipala - sobre o seu significado visitar: http://rtvcampesina.galeon.com/enlaces1743826.html
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Berram as armas a serviço dos negócios capitais de multinacionais e da elite proprietária boliviana, incomodados que estão com seu povo, que maltratado por anos de história onde a tônica jamais deixou de ser outra, senão exploração, resolveu dar o seu recado nas ruas, no embate direto. Antes deu nas urnas elegendo Evo, primeiro presidente de sua história a advir de camadas populares e a possuir os traços indígenas, coisa significativa dado que até então os homens de Estado provinham sempre das elites proprietárias e brancas.
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Promovendo uma política, ao que parece aqui com quase um continente e todo um muro midiático comprometido ideologicamente com os senhores de engenho, nacionais e internacionais, fica comprometido um veredicto, mas a impressão que Evo nos passa - e basta um simples exercício de pensamento para chegarmos a tal conclusão - é de que esta "insurreição" burguesa, dá-se na Bolívia mais uma vez, porque o povo boliviano, exemplo de luta nas Américas, está decidido a cobrar a conta de uma exploração ancestral, deposando as forças responsáveis por tamanha tragédia no imediato pela via institucional. Segue na linha de um grande, no caso, Salvador Allende. Em outras palavras, as forças que pretendem dividir a Bolívia e jogá-la em uma guerra civil, comprometidas com o capital internacional e com os seus negócios, assim o fazem porque o povo pede o mínimo, o qual, justamente estão decididas a não dar e com isso incomodam.
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Mas é justamente incomodando, que farão história, com ou sem Estados Unidos, com ou sem PetroBRAS e tantas outras multinacionais, pois tem outra coisa que a história boliviana ensina: O seu povo não cala jamais diante da mão que lhe agride, fazem melhor, dão o troco na mesma moeda!
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Seguem duas matérias retirados dos sítios da Carta Capital e da Brasil de Fato.
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O pretexto é a disputa pelas rendas de gás e petróleo. O governo de Evo Morales criou a “Renda Dignidade”, uma bolsa para todos os maiores de 60 anos, no valor de 26 dólares mensais (20 para os que já têm uma aposentadoria), financiada por 30% do imposto sobre o petróleo, tomados tanto do governo nacional quanto dos departamentos e municípios. Os recursos dos departamentos não diminuíram em termos absolutos, pelo contrário: graças às nacionalizações de Evo Morales, o bolo mais que quintuplicou, de 287 milhões em 2004 para 1,57 bilhão de dólares em 2007.
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Apesar da distribuição entre departamentos ter sido alterada em favor dos departamentos não petroleiros, a fatia de Santa Cruz, em particular, quadruplicou de 29 milhões para 118 milhões de dólares e a de Tarija, de 66 milhões para 237 milhões: mesmo descontando-se os 30% – parte dos quais, naturalmente, voltam para os idosos do departamento – ainda tiveram crescimentos de 185% e 152%, respectivamente, em sua renda petrolífera. O valor disputado representa 6% do orçamento dos departamentos.
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Ainda assim, há meses os prefectos da chamada “Meia-Lua” promovem protestos e “greves de fome” contra o “assalto” a seus cofres – e, depois de uma escalada de atos de desacato e insubordinação ao governo de La Paz e de ameaças físicas a Evo Morales, os oposicionistas passaram à guerra aberta contra o Estado boliviano na terça-feira, 9 de setembro de 2008, dois dias antes do 35º aniversário do golpe militar urdido contra Salvador Allende com a cooperação dos Estados Unidos.
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Na opinião de Evo Morales, as analogias vão além da proximidade de datas. No dia seguinte, ele expulsou o embaixador estadunidense em La Paz. Philip Goldberg, que se reunira quinze dias antes, a portas fechadas, com o prefecto Rúben Costas, de Santa Cruz, representou os EUA na Bósnia de 1994 a 2000 e no Kosovo de 2004 a 2006. Em 2007, posou para uma foto com um líder paramilitar colombiano. Segundo Evo, teria incentivado o desmembramento da ex-Iugoslávia nas duas ocasiões e sua missão seria repetir a dose na América do Sul com a ajuda de Costas e Branco Marinkovic, líder do movimento “cívico” de Santa Cruz, que, no dia 8, desembarcava de uma viagem aos EUA e, como grande parte da elite industrial crucenha, descende de croatas que fugiram para a Bolívia após a derrota do fascismo.
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fonte: http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/especiais/bolivia/201ca-bolivia-corre-um-risco-grave-de-iugoslavizacao201d/
Correspondente do Brasil de Fato em La Paz (Bolívia)
Os setores das oligarquias do oriente boliviano não estão somente reagindo contra o processo de transformações que o governo Evo Morales está implementando e que afeta diretamente seus interesses – sobretudo no manejo da terra e dos excedentes procedentes do gás –, como agora estão em uma clara ofensiva destinada a promover a divisão da Bolívia, com o argumento das autonomias”, analisa o sociólogo Eduardo Paz Rada, da Universidad Mayor de San Andrés (UMSA).
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Segundo ele, tais ações estão vinculadas à estratégia do imperialismo estadunidense de provocar uma crise regional e tentar frear os processos revolucionários e reformistas nos países da região. Há cerca de três semanas, os governadores opositores de Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando vem promovendo, ao lado de comitês cívicos regionais, formados principalmente por empresários, a tomada de controle de instituições estatais nos departamentos (estados). A justificativa deles é a pressão pela devolução do montante do imposto sobre o gás destinado às regiões que foi cortado em parte pela gestão Evo para financiar uma bolsa aos idosos.
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Para Rada, o governo do presidente Evo Morales, ao não haver adotado medidas há vários meses contra tal arremetida, se encontra agora em grandes dificuldades. “O país corre um risco grave de iugoslavização e fragmentação devido ao fato de que as oligarquias do oriente, apoiadas pela embaixada dos Estados Unidos, possui grupos armados, contratados especialmente por proprietários de terras bolivianos, brasileiros e estadunidenses”, diz. O termo "iugoslavização" é uma referência à desintegração da então Iugoslávia em vários países a partir da década de 90.
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Ainda segundo o sociólogo, o Executivo deve tomar medidas urgentes com ação direta das Forças Armadas, a Polícia Nacional e os movimentos sociais. “Seja através do estado de sítio, ou de ações fundadas na lei e na Constituição, o governo deve atuar rapidamente e com energia, sobretudo para frear desde agora mesmo o controle territorial dos setores das oligarquias regionais”.
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Estado de sítio
Desde que as mobilizações da oposição tiveram início, as Forças Armadas e a polícia vêm evitando atuar com mais energia. Em muitos dos casos, os militares e policiais que resguardavam as entidades foram obrigados a se retirar, diante do forte assédio dos manifestantes. No entanto, nesta sexta-feira (12), a entidade militar confirmou o deslocamento de soldados às regiões em conflito e afirmou que aguarda uma ordem escrita por Evo Morales para recuperar as instituições públicas e reprimir os grupos de “vândalos ou radicais”. Já o presidente disse sentir-se culpado pelas humilhações sofridas pelo exército e pela polícia, já que foi ele quem pediu para que não fossem usadas armas de fogo.
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No mesmo dia, o governo decretou estado de sítio no departamento de Pando, devido à morte, oficialmente, de oito pessoas (sete delas camponeses apoiadores de Evo) em enfrentamento com funcionários do governo departamental em El Porvenir.
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O Executivo, defensores de direitos humanos e camponeses chamam o ocorrido de “massacre” e acusam o governador Leopoldo Fernández de ter armado os funcionários e ter contratado mercenários peruanos e brasileiros para impedir que os apoiadores de Evo chegassem à capital Cobija, a 30 km do local das mortes, que podem aumentar, já que 35 camponeses ainda estão desaparecidos.
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Já Fernández nega as acusações, afirma que não acatará o estado de sítio e desautorizou o governador de Tarija, Mario Cossío, a representá-lo no diálogo com o Executivo, iniciado na sexta-feira.
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Em Cobija, um soldado morreu, vítima de um disparo por arma de fogo, e seis civis ficaram feridos à bala na retomada pelo exército do aeroporto Capitán Anibal Arab, que estava em controle dos opositores desde o dia 5. Segundo alguns relatos, os militares ingressaram no local atirando para o ar, e foram recebidos com disparos de metralhadoras.
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Movimentos reagem
Enquanto isso, teve início, na noite de sexta-feira, um diálogo entre governo e oposição, representada por Mario Cossío. Depois de mais de oito horas de reunião, foram acordadas as bases das negociações, que serão retomadas no domingo (14). Mesmo assim, os movimentos sociais do país acentuaram suas ações em retaliação às medidas de pressão dos opositores.
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No dia 10, cultivadores de folha de coca do Chapare, no centro da Bolívia, iniciaram um cerco à Santa Cruz de la Sierra, com fechamento de estradas. Desde então, os pontos de bloqueio vêm aumentando. No dia 11, Eugenio Rojas, prefeito da cidade de Achacachi, no ocidente do país, e líder do movimento indígena “poncho rojos”, declarou estado de emergência nas filas camponesas e ameaçou a tomada de terras e fábricas no oriente.
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Outros dirigentes sociais, separadamente, afirmaram que retomarão as instituições públicas controladas pela oposição e defenderão o governo Evo, se necessário, com suas vidas.
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Na quinta-feira à noite, a Federação Nacional de Cooperativas Mineradoras (Fencomin) havia dado um prazo de 72 horas aos governadores da oposição para que estes retomassem o diálogo com o Executivo. “Caso contrário, as cooperativas mineradoras se mobilizarão a nível nacional em defesa da democracia em liberdade, da igualdade social e da unidade do país. Se eles exigem nosso sangue, nós vamos oferecê-lo mais uma vez para o benefício de todo o povo boliviano”, diz o comunicado da entidade.
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“Considero necessário que se combinem a ação das instituições militares com a mobilização popular, especialmente para respaldar os setores afins ao governo que se encontram combatendo no seio mesmo do conflito em Santa Cruz, Pando, Beni e Tarija. Parece, a esta altura da situação, que não se poderá evitar o enfrentamento direto e de grande dimensão, e que já prevíamos que se desataria pela decisão das classes dominantes de não perder seus privilégios e o poder econômico e político”, opina o sociólogo Eduardo Paz Rada.
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Em Santa Cruz de la Sierra, os dirigentes da Confederação de Povos Indígenas do Oriente (Cidob) se declararam na clandestinidade, em virtude da perseguição que estão sofrendo por grupos opositores a Evo Morales.
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Na tarde de quinta-feira, integrantes da União Juvenil Crucenhista (UJC) invadiram e saquearam a sede da Cidob, e atacaram as casas de seus líderes. “Queremos denunciar ao mundo que o governador Rubén Costas quer massacrar os indígenas que, até o momento, não responderam a nenhuma de suas provocações”, disse Adolfo Chávez, presidente da organização.
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“Conspiração”
E, em meio à polêmica da expulsão do embaixador dos EUA em La Paz, Philip Goldberg, o ministro da Presidência boliviano, Juan Ramón Quintana, acusou a USAID (agência estadunidense de apoio ao desenvolvimento) de contratar políticos neoliberais dos governos anteriores para desestabilizarem a gestão do presidente Evo Morales, principalmente com o apoio à oposição regional.
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“A USAID se converteu em refúgio político e econômico de todos aqueles funcionários do mais alto nível de Goni [Gonzalo Sánchez de Lozada] e Carlos Mesa. Portanto, estes funcionários, com a informação do Estado, fizeram um complô, durante todo esse tempo, contra o governo nacional”, disse.
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Quintana detalhou a denúncia: de acordo com ele, Carlos Campero, ex-funcionário de Lozada, passou a trabalhar no escritório encarregado em temas de descentralização da entidade estadunidense. “Setor que trabalhou em projetos de apoio nos governos departamentais da oposição”.
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Além de Campero, teriam sido contratados pela USAID Javier Cuevas, ex-ministro da Fazenda de Lozada e Mesa; Javier Rebollo, ex-diretor geral do Tesouro Nacional; José Nogales, ex-viceministro de Política Tributária de Lozada e Mesa; e Juan Brun, ex-diretor do Instituto Nacional de Reforma Agrária no governo Lozada.
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O ministro da Presidência fez a denúncia ao justificar a expulsão do país do embaixador estadunidense, por conspiração contra o governo e a unidade boliviana. Segundo Quintana, um dos resultados da atuação do diplomata “estamos experimentando agora, com a violência e o enfrentamento nos departamentos de Santa Cruz, Pando, Beni e Tarija, parte da estrutura conspirativa montada com os recursos da USAID na Bolívia, sobre a qual nem o embaixador soube explicar”.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Para não dizerem que me calei.

"Um dia desses, em Bruxelas [na Bélgica] eu dizia a alguns empresários: é verdade que o trabalho do cortador de cana é um trabalho penoso. Mas, certamente, ele não é mais penoso do que é nos trabalhadores das minas de carvão que fizeram a Europa se transformar numa grande nação".
Frase de Lula, o presidente traidor, equiparando e justificando a escravidão nas lavouras de cana no Brasil com a escravidão nas minas do "parâmetro civilizacional", no caso, Europa, como bem gostam de acentuar os laços construídos artificialmente pelos mesmos medíocres caboclos à oeste do continente intermediado pelo Atlântico. Notem que absurda resposta, inclusive, dada já há coisa de meses (junho/2008) e por termos comido milho acabou que a lentidão deu a tônica quando o intuito era tornar público o quanto antes. Enfim, o problema na fala do presidente-traidor (embora não haja na nossa história quem não tenha sido) não está em chamar a Europa de grande nação, mas sobretudo em fazer vistas grossas ao trabalho mais que escravo e infantil, base do "espetáculo do crescimento", como papagaiamente gosta de repetir em discursos, nas lavouras de cana. Pior que isso legitima o "espetáculo do crescimento" no "exemplo" dado pela história européia.
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Como irão notar, outro absurdo inaceitável.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Dança o martelo nas mãos de maníacos!

2008/08 AEK
perduram invencíveis senzalas
sob o ornato de outra fachada
quem morar o teu rosto no muro
ouvirá que não cala a tortura
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ao contrário soam aos berros
as correntes que aram a terra
o açoite que rasga o vento
o repouso da bala no peito.
(2008/08 - Alek Sander de Carvalho)
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Perduram invencíveis senzalas
Em coisa de 24 horas transitou-se da tentativa de assassinato a "moradores" de rua, coisa que até o momento já vitimou uma vida; para a libertação de torturados pelo sistema que os produziu como réus confessos e que se não fosse o depoimento de um maníaco (que pôs se assumir o crime) ainda estariam presos. Em duas situações a mesma cena: dança o martelo nas mãos de maníacos!
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São por estes incidentes, acredito tão frequentes que talvez seja insensatez continuar a qualificá-los como incidentes, que afirmo, mesmo carregado de dúvidas alimentadas pelo alheamento promovido pelos veículos de informação desinformante,... em tom de questionamento, pra não ser acusado de lunático: Será que realmente não vivemos sob um processo ditatorial??? Ou posto de outra forma, qual tipo de ditadura nós vivemos???
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Tire suas próprias conclusões
O episódio que envolve Wagner Conceição da Silva, Renato Correia de Brito e Willian César de Brito Silva com o assassinato e estupro de Vanessa Batista de Freitas me fez lembrar dos irmão Naves, que lá nos porões da ditadura Vargas foram torturados até dizerem: "Sim, fomos nós!". Mas os irmãos entraram no cerne, pois foram fruto do considerado "maior erro" jurídico deste país. Tudo deu-se porque submeteram-os aos mesmos métodos de "interrogatório" que fariam até o capeta declarar-se como fervorosamente cristão. No caso dos Naves, torturam-nos para que assumissem aquilo que nunca foram: Sequestradores e assassinos. Fato verídico que se confunde com a ficção nada fabular, por exemplo, de um clássico da literatura como "O Processo" de Kafka. Em nossos tempos dói pensar que isso não irá repercutir mais do que 1 dia.
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Se a história se repete como farsa e tragédia, assim, como outrora, em 24 horas transitou-se de presos torturados à "catadores" que sofreram tentativa de assassinato, o qual, um dos 4 não resistira e acabou por falecer. Aliás os atentados aos "moradores" de rua têm se multiplicado da mesma forma assustadora pela qual não se noticiam os mesmos. Ou poderia também dizer: da mesma forma assustadora pela qual a metrópole e seus premíscuos jogos os produzem. Fato é que para qualquer linha que se siga notamos que o resultado desta inconsciência premeditada é o tão popular naturalizado: "nada se faz!".
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Por fim, mais uma vez essas histórias vieram à tona, mas não é sempre que o veículo alienador mostra boa vontade. Nós optamos por destacá-las neste espaço. O que me resta neste fim de reflexão é outro questionamento, ao invés, de solução, mas enfim não se chega a resposta alguma sem este passo: Quantos silenciaram esta noite sob à tortura de neo-facismos no país que se orgulha de não possuir nada em comum com o regime chinês ou cubano?
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Para saber mais sobre os irmãos Naves dá uma olhada neste interessante site: http://www.geocities.com/CapitolHill/Lobby/1647/Casos/caso02.htm
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Sob o nosso posicionamento acerca do regime desgovernamental contemporâneo: http://carmesincarmesin.blogspot.com/2008/05/fonte-fsp-24042008-14h24-presidente-do.html
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Vos deixo, enfim, com as duas notícias que motivaram esta resenha, ocorridas nesta Quinta-feira.
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Fonte: 'Estadão" on-line... arghhh
Inocentes deixam CDP sob aplausos
Após 2 anos, presos por crime de maníaco recuperam a liberdade
Josmar Jozino
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Sob aplausos e choro de parentes, três rapazes deixaram às 15h35 de ontem o Centro de Detenção Provisória (CDP-1) de Guarulhos, na Grande São Paulo, após 2 anos e 15 dias de prisão. Wagner Conceição da Silva, de 25 anos, Renato Correia de Brito, de 24, e Willian César de Brito Silva, de 28, foram acusados injustamente de matar e violentar Vanessa Batista de Freitas, de 22 anos, em 19 de agosto de 2006. Só foram libertados porque Leandro Basílio Rodrigues, de 19 anos, apontado pela polícia como o Maníaco de Guarulhos, confessou o crime.
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Ao revelar que era o verdadeiro autor do assassinato de Vanessa, Rodrigues disse aos policiais: "Se tem pessoas presas, são inocentes. Quem matou essa moça fui eu." Responsáveis pelas investigações dos crimes cometidos pelo Maníaco de Guarulhos consideram que ele pode ter cometido mais crimes e seria um criminoso pior que o motoboy Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, que teria cometido pelo menos dez assassinatos (mais informações na página C5).
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Assim que os três passaram pelo último portão de ferro do CDP-1, a dona de casa Iraildes Alves Conceição, de 49 anos, beijou e abraçou o filho Wagner, olhou para o céu e disse em voz alta emocionada: "Obrigada, Pai." O filho não conseguiu conter as lágrimas. Willian também deu um forte abraço na mulher, Natália Priscila Brandão, de 20 anos, e chorou. "É maravilhoso estar livre. Vocês não imaginam o sofrimento que passei. Só Deus. Agora quero curtir minha família e dar um beijo no meu filho." Segundo Natália, Cauã, de 3 anos, sentiu muito a ausência do pai e até hoje passa por sessões periódicas com um psicólogo.
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O motorista Avelino Cardoso da Silva, de 48 anos, também se emocionou ao reencontrar o filho Willian. Ele disse que gastou R$ 20 mil para tentar provar a inocência dele e até hoje está com o nome sujo na praça. Silva destacou que o filho e os outros dois rapazes foram torturados por PMs, levados para um matagal e só não morreram porque um carro passou pelo local e os policiais resolveram levar os três para a delegacia. Acrescentou ainda que, no 1º Distrito Policial de Guarulhos, eles também apanharam.
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De chinelo, camiseta azul e bermuda branca, Renato reencontrou a tia Maria Aparecida, mãe de Willian. A namorada, Marilândia Nascimento Santos, de 19 anos, o aguardava ansiosa. Ambos se beijaram e choraram.
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JÚRI
O alvará de soltura foi concedido ontem pelo juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano, do Tribunal do Júri de Guarulhos. Apesar de terem sido inocentados pela confissão do Maníaco de Guarulhos, os rapazes serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri de Guarulhos.
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Como o processo está pronto, nada se pode fazer para evitar o julgamento. "O Ministério Público pedirá a absolvição dos três", adiantou o promotor Marcelo Oliveiro, autor da denúncia contra os réus.
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Quatro carroceiros são baleados na zona oeste de SP
Grupo estava sob a marquise de uma agência bancária na Rua Martin Tenório com a Rua Clemente Álvares
Camila Alves, do estadão.com.br
SÃO PAULO - Quatro carroceiros foram baleados na Rua Martin Tenório com a Rua Clemente Álvares, na Lapa, zona oeste de São Paulo, na madrugada desta quinta-feira, 4.
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Segundo informações iniciais, as vítimas estavam sob a marquise da agência do Unibanco quando ocupantes de um veículo fiat uno vermelho apareceram e realizaram os disparos.
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Três viaturas do Corpo de Bombeiros foram acionadas. As vítimas foram encaminhadas para o Hospital das Clínicas, aos prontos-socorros Vila Penteado e Sorocabano. Não há informações sobre as identidades dos carroceiros e dos autores do crime.
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*detalhe: o sítio do 'Estadão' anunciou a morte de um dos "catadores" as 10:30hs.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Ilha

foto: 2008 08 / AEK - Vida que persiste, embora sempre coagida à extinção pela atividade humana.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Qualquer semelhança com o regime militar não é mera coincidência


Yeda Crusius, a Nazi.
fonte: http://carosamigos.terra.com.br/
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Governo Yeda [Desgoverno, 'Caros Amigos', degoverno!]
Corrupção e violência são duas faces do mesmo projeto
O Rio Grande do Sul vive um estado de exceção. Toda e qualquer manifestação social é reprimida com violência pela Brigada Militar sob ordens da governadora Yeda Crusius. São freqüentes os episódios de trabalhadores e trabalhadoras algemados, feridos com balas de borracha e atingidos por bombas de gás lacrimogêneo e pimenta. Professores, metalúrgicos, sem terras, desempregados... a violência do Estado contra os pobres é cotidiana nas abordagens da polícia para os trabalhadores, seja nos bairros, seja nos movimentos sociais.
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Os episódios do dia 12 de junho são apenas a página mais recente desta história. Movimentos sociais que protestavam contra a alta do preço dos alimentos, antes de um ato contra a corrupção, foram cercados e feridos pela Brigada Militar. O objetivo da polícia gaúcha era evidente: impedir que os movimentos sociais denunciassem a corrupção que sustenta o governo Yeda Crusius.
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Nosso compromisso
A corrupção não se dá apenas no desvio de recursos de órgãos públicos, como os R$ 44 milhões desviados do Detran sob investigação por uma CPI. A corrupção também é institucionalizada e formalizada nos financiamentos de campanha. A governadora foi financiada por grandes grupos financeiros e por empresas transnacionais. Apenas três empresas de celulose – Stora Enso, Aracruz Celulose e Votorantim [nossa olha elas aí!]– doaram meio milhão de reais para a campanha Yeda.
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E o agradecimento às doações são pagos em políticas da governadora: desregulamentação ambiental para beneficiar a compra de áreas por papeleiras, fechamento de salas de aulas e turmas de Educação de Jovens e Adultos, privatização do Banrisul, concessões fiscais aos financiadores da sua campanha.
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E para o movimento social organizado, violência e repressão. Repressão que não é apenas um método, mas parte desta política, gestada pelos mesmos setores que ordenaram o Massacre de Eldorado de Carajás no Pará e o Massacre de Felisburgo em Minas Gerais.
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Os movimentos sociais gaúchos não esmoreceram e seguirão lutando não apenas para que todos os casos de corrupção sejam apurados, mas para que tenhamos uma verdadeira reforma política, que impeça que grupos transnacionais governem através do financiamento de campanha. Nosso compromisso é com a construção de um projeto popular para o Brasil que garanta educação, saúde, terra e trabalho para todos e com dignidade.
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Porto Alegre, 12 de junho de 2008
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Comissão Pastoral da Terra – CPT
Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação do Rio Grande do Sul
Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul
Levante Popular da Juventude
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
Movimento das Mulheres Camponesas – MMC
Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis – MNCR
Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
Movimento dos Trabalhadores Desempregados – MTD
Pastoral da Juventude Rural – PJR
Resistência Popular

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Maravilhas da Arquitetura Kassabiana

2008/08 - foto: AEK
2008/08 - foto: AEK
Desgoverno Kassab tira lugar de pedestre ao invés de tirar dos carros em calçada pintada que chamou de ciclovia! Que fique claro, somos à favor das ciclovias, mas principalmente daquelas que tiram o lugar dos carros!
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Tá aí! Mais uma arguta preciosidade arquitetônica do desgoverno Kassab anunciada no site da prefeitura, evidentemente não de outra forma, senão com deplorável pretensão e já familiar linguagem fabular, como: "construção".
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Por sua vez, a grande merda de mídia e os "gênios' da engenharia deste desgoverno não chegaram a um acordo sobre a quilometragem da obra faraônica. Alguns especulam 15 quilometros, dando evidentemente aquela puxada de arrebentar saco de prefeito, dado que do gabinete do coiso a quilometragem, segundo informaram, não ultrapassou os 12,2 quilometros.
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15 ou 12,2 o entusiasmo da indústria da tinta e do marketing publicitário deve ter aflorado em sorriso de alguns milhares ou milhões. Ahhhh tudo é cifra e pra quem tem fortuna isso é gorjeta. Quando a população é de espectadores, então, meu santo. Ademais, dar uma mão de tinta torna-se mais barato e fácil e deixa considerável sobra para que as subprefeituras destruam e consertem as calçadas de comerciários, empresários, senhores de engenho e outras categorias de parasitas chamados pelos subalternos de "patrão", instalados nos centros comerciais locais, além, é claro, de evidentemente cumprirem, as mesmas subprefeituras, o contrato de licitação, fornalizado pela prefeitura, com os fornecedores dos horrendos tijolinhos.
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Mas porque tanta revolta, diria um leitor lesado? Como não nasci com pinta de otário, digo isso, porque já é mais que familiar de todos nós moradores da cidade de São Paulo que a lógica que este desgoverno tem usado para enfrentar nossos permanentes e ancestrais problemas caem sempre na solução da perfumaria. Trocando em miúdos o método é passar uma mão de tinta, para que, os flashes fotográficos dos repórteres da boca cabeluda e televisivos programas jornalísticos com fundo tipo cartão postal de obra faraônica superfaturada e inútil, satisfeitos, propagandeiem falsificando sobre uma obra que não foi, não é e nunca será.
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Quem frequenta o Centro Cultural São Paulo já está habituado com as sucessivas destruições/reformas "mão de tinta" que a má digestão, sempre com desdenho pelos cidadãos, desanda a fazer. Paranóia de parasitas partidos neoliberais, faz-se o mesmo na esfera estadual e federal. Quanto ao primeiro, como poderão notar no cativeiro que sofre a mão desenhada pelo arquiteto Niemeyer e que deve estar morrendo de desgosto de estar morando no Memorial da América Latina ultimamente, espaço público que a coisa já de uns 5 ou 6 anos vêm sofrendo com os sucessivos aluguéis para os "empreendedores" privadas, ops privados, com o consentimento do seu presidente, o troço do Leça e do patrão deste, a merda do Serra. Quem vos fala tem conhecimento de causa, dado que trabalhei na instituição como mão de obra barata por dois anos.
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2008 AEK - Cadê a mão do Niemeyer?
2008 08 AEK - Foi sequestrada pelo privado que aluga o público
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Mas vamos deixar de lado o Memorial da América Latina, para retornarmos a 8º Maravilha da humanidade, no caso, a insuperável Ciclovia do Kassab. Recomendo aos ciclistas, carregarem nos bolsos, "santinhos" de São Judas, o das causas impossíveis, e depois dar um passe, pra garantir, na sua magrela, porque pra chegar na ciclovia terão de sobreviver ao selvagem trânsito, dado que, como a Transamazônica, a ciclovia começa no nada e termina no meio do caminho. Fui um pouco maldoso, reconheço. De uma forma ou de outra, caro ciclista, será a oportunidade de encontrar a sua fé. Hehehehe... só rindo pra não chorar.
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Mais importante do que qualquer coisa é notar a construção da foto. Ciclovia, maravilha de engenharia e do marketing publicitário, pois só uma mentira do tamanho de um elefante faz judeu acreditar em Cristo, ou melhor, que uma calçada que levou uma mão de vermelho é ciclovia. Imprescindível ainda, e tal percepção somente os perspicazes irão alcançar, é que o "gênios", ao invés de tirar o lugar dos carros tiraram o lugar do pedestre. Esta última constatação não é banal!
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Em suma, mais um indício de que vivemos na metrópole onde o atestado de cidadania se é dado quando se tira a carta de motorista. É senhores e senhoras, estou falando da classe média do pensamento mediano e medíocre.
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Fim e se continuar assim, será o nosso, pois andamos aí sem por cigarro na boca e fumando 2 por dia.
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AEK

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

TSE e STF deixam corruptos participar de eleição!

Notas sobre um Estado que não acredito
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Mais uma vez o recado foi dado, inclusive o mesmo do caso Dantas: "Elite econômica, vocês que sequestraram o poder, podem roubar à vontade!"
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Em um movimento sobre os argutos do corpo político nacional tivemos ainda há coisa de algumas semanas a apreciação da posição do TSE em relação aos candidatos podres que ativamente desempenham as suas funções privadas sob estrutura que o espetáculo tende a chamar de público para alienar-nos. Claro que não por vontade própria, senão pela obrigação vetar ou não a ação de insconstitucionalidade movida pela Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), a qual pretendia o nobre devaneio de barrar candidaturas de políticos que respondem a processos ou têm condenações na Justiça, em outras palavras, de mudar a estrutura se valendo da estrutura. Tztztztztztzzzzz!
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Trocando em miúdos o resultado desta ridícula apreciação dá nos o privilégio de acompanharmos a participação por mais 4 anos destes "sujeitos" que continuarão a engordar suas contas no exterior na mesma medida em que matam milhões com seus movimentos corruptos isso sem mencionar ainda, mas não perdendo demais o tempo, senão me apagão, àqueles envolvidos com o crime organizado. Apesar de que: dá tudo na mesma!
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Afinal, nem precisa dizer qual fora a posição do TSE. Repito insistentemente: "Quem tem renda jamais irá distribuir a sua renda!", logo como esperar que juízes votem contra seus "amiguinhos" que ganham o caviar de cada dia. O próprio ACM ficou a cargo do capeta e não veremos em vida, sob a gerência do atual modelo de gestão política, mudança alguma a não ser que o coisa ruim aponte seu tridente para um desses parasitas, pois, nossos avós morreram na miséria, nossos pais morrerão e nós morreremos enquanto continuarmos a acreditar piamente nas mentiras repetidas pelo espetáculo televisivo.
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O fato é que o TSE dá parecer favorável para a candidatura e, conseguinte, participação no processo eleitoral de candidatos envolvidos com ações criminosas. E o Tribunal Superior Federal, recheado com seu corpo de "ilustres" e "notáveis", naquilo que condiz, especificamente a competência da grande cagada infinita não ingênua, senão consentida, endossou a posição do TSE. Ou seja, "ilustríssimos" e cagados como os "ministros Gilmar Mendes, presidente da Corte, Marco Aurélio de Mello, Ellen Gracie, Cezar Peluso, Eros Grau, Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia Rocha e Carlos Alberto Menezes Direito [deram o mesmo] voto do relator, Celso de Mello, que foi contra o veto, garantindo o direito dos candidatos processados e [condenados] de concorrerem". O argumento que usaram para justificar o injustificável foi algo mais ou menos assim: "- Não, gente! Peraí, povo ignaro e reacionário. Até os corruptos amam. Mais que isso eles se recuperam, logo condenados podem participar. É claro, que não vão para a cadeia, mas como ignaros, vocês esperão que nós, senhores de engenho, seremos algemados algum dia? De qualquer forma, cumprimos a nossa pena em Paris e daqui há 8 ou quem sabe 10 anos a recaída corrupta que nos afligiu prescreve e para o mundo voltamos novinhos em folhas, ou melhor, notas de dolar. Não vê o Collor, que exemplo. Loguinho, volta o Hildebrando, o homem da serra elétrica. E se, por ventura, o candidato estiver sendo processado, ahhh ele é inocente! Todos são inocentes até que se prove o contrário, com excessão evidentemente do MST que inclusive são terroristas, pois onde já se viu: Atentar contra a propriedade privada" [você decide o quão lúdico é este discurso].
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No fim, de maneira não menos arguta repetiram a ladainha tão fantasticamente colocado por una película chilena, porém universal: Machuca, onde uma senhora em total consternação mediante o público de bacanas que a acercava e, de maneira não surpreendente, senão facista, a incriminavam se espantam com a sua reação, dado o que esperam sempre é a inércia. Disse a mãe do garoto pobre: "Estou cansanda. Sempre quando algo acontece somos nós os responsáveis". É claro que falhou a memória, mas a idéia não é outra. Se nos torturam, a culpa é nossa. Se nos espancam, a culpa é nossa. Se nos fuzilam, a culpa é nossa. Se passamos fome, a culpa é nossa. Se corrompem, roubam e estrupram, a culpa também é nossa. A mãe no filme diz: "Estou cansada de ser sempre a culpada de tudo".
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Enfim, não fez-se outra coisa, senão o "ilustre" presidente do STF em nome da cagalhada disse que caberia ao eleitor escolher bem os seus candidatos... hahahahahahahahahaha... Como temos informação para tanto e ela nem mercadoria é, não caro leitor!!!!!! Afinal, todos trocamos os trocados do cachorro quente pela informação desinformante, mas mínima para algum respaldo nos dar. Ahhhh e a educação que nos dão, é impecável. Nossa televisão é deliciosa e faz inveja para os regimes mais facistas do planeta. Exportamos know-how em tortura e alienação.
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Já que tiraram o cú da reta e pior ainda fazem publicidade deste regime insustentável: “Perder uma oportunidade pode fazer você perder muito tempo. Se nas próximas eleições, você não escolher os melhores candidatos, por exemplo, a sua cidade vai perder quatro anos. E quatro anos é muito tempo”, cabe a você eleitor não compartilhar as regras deste sistema podre. Eu, vou votar nulo, mas tenho outras cartas na manga.
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Bem,
até!
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detalhes:
Só dois de nove votos foram à favor da não eleição de candidatos podres: Joaquim Barbosa e Carlos Ayres Britto, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Carmesin

Stora Enso/Enzo

Para ler e refletir!
Despropósitos de um poder despropositado!
07/03/2008 - 18:31 -
Ação da Via Campesina na Stora Enzo: Carta aberta à governadora Yeda Crusius (RS)
Salvador, Bahia, 07.03.2008
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CARTA ABERTA
Á Exma: Sra. Governadora Yeda Crusius!
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Escrevo-lhes, como mulher e mãe, em nome de tantas mulheres e mães que enfrentam a luta pela cura de seus filhos contra uma das doenças, cuja origem cientifica está nos agrotóxicos, químicos e industrializados: os tumores.
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Como mulheres e mães, lutadoras em defesa da vida, vivemos hoje a crueldade do sofrimento ao acompanhar e carregar em nossos braços, nossos filhos, que lutam em hospitais e clínicas de oncologia, para se curar de tumores, leucemias e os mais diversos tipos de câncer, hoje comprovados cientificamente, que uma de suas principais causas está na forma pela qual a ganância humana, em busca do progresso, polui, destrói e mata a vida, as espécies e a energia de nosso planeta. Os rios, a água, o solo estão contaminados. O ar poluído pela desenfreada fumaça das indústrias, pela destruição das matas nativas, em troca de extensas plantações de monocultivos. Os pássaros e animais de todas as espécies estão sendo exterminados. Os salgadinhos, as salsichas, enlatados, transgênicos são colocados na mesa da grande maioria da população, no lugar da produção de comida que vem da própria natureza e é produzida pelas mãos de mulheres e homens do campo. É a produção que alimenta e cura: frutas, verduras, feijão, arroz e toda comida camponesa.
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É com esse sentimento que somente pode medir quem vive e se encontra hoje na condição de milhares de mães, mulheres que lutam pela cura e pela vida dos seus filhos, vítimas de tumores, destruidores da vida que lhes escrevemos, evidentemente, indignadas, para somar com a multidão de vozes que protestam contra a sua conduta, que determinou amparo e defesa á empresa capitalista, multinacional, Stora Enso, nefasta para humanidade, para a natureza e para o planeta, que, amparada por um “interdito proibitório” essa empresa STORA ENZO conseguiu com a “justiça” a autorização da polícia para fazer despejo sem mandato judicial, em qualquer de suas áreas ocupadas. Entendemos que, isso nada mais é do que o estado brasileiro, ao invés de investir na agricultura camponesa, nas melhores condições de vida a seu povo, se coloca a serviço de uma empresa Finlandesa, que comete um crime de ter comprado 86 mil hectares de médios e grandes proprietários, na área de fronteira com o Uruguai e Argentina o que é proibido por lei. E mais que isso, sob o seu comando governadora, e do seu governo, foi colocado todo um aparato contra uma multidão de mulheres, mães camponesas, que de mãos calejadas e sonhos grandes, gritam hoje, em forma de protesto, de luta, pela vida que está ameaçada. Desta forma, todo nosso apoio e solidariedade ás mulheres da Via campesina.
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Governadora, essas mães, mulheres camponesas sabem que essa forma de luta é o único grito que têm hoje a fazer. Não há outra forma para que mulheres, mães camponesas, sejam ouvidas pelos governos, por aqueles que se dizem “responsáveis” para buscar solução aos maiores problemas de hoje. Sem sombra de dúvidas, estão prestando um serviço à humanidade, e um dia serão reconhecidas, como aquelas que, mesmo sendo espancadas, violentadas, presas, torturadas, condenadas, vendo seus filhos sendo arrancados de seus braços... disseram/alertaram/chamaram atenção no sentido de que os problemas sociais precisam ser atacados pela raiz. E que é preciso mudar a sociedade. Há outros modos de viver, mais digno, mais justo, mais humano e, portanto, mais adequado à vida humana. E somente os seres humanos, mulheres e homens que acreditam nos sonhos de uma pátria livre, poderão fazer as grandes mudanças.
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O capitalismo é selvagem. Não serve para a vida humana. Ele tem várias facetas e formas de arrancar nossos filhos de nós. Arranca produzindo os diferentes tipos de doenças, enfermidades que não têm cura, pouco mais pouco menos, vai levando um a um..., arranca pela fome, resultado da concentração de renda, dos latifúndios, da ganância, arranca pela miséria resultado das grandes desigualdades sociais, arranca também pela agressão policial, como aconteceu no seu Estado governadora, quando mulheres e mães tiveram a coragem, de coletivamente colocar o dedo na raiz do problema... gritar por solução, pois a vida para quem trabalha é cruel e dolorosa demais... O que as camponesas fizeram foi denunciar um modelo de sociedade que não serve, e anunciar que não dá mais para permitir, omissas e caladas, a invasão de empresas estrangeiras no meio de nós. Essas mulheres trabalhadoras do campo, mães de família, sabem que somente nós, seres humanos, somos capazes de construir um modo de vida inteligente e sábio, capaz de viver em dignidade. Mas essa construção não se faz a base da mediocridade que se humilha frente a opressão de gênero e a exploração de classe. Recuperamos o sentimento das mães da praça de maio: “Nem um passo para traz”. Insatisfeitas e indignadas nos colocamos a questionar:
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Será possível, nos dias atuais, acreditar que uma mulher é capaz de colocar um contingente da Brigada Militar para agredir, violentar centenas de mulheres, camponesas, trabalhadoras e mães, que, com suas vidas, prestam hoje um serviço à humanidade de amanhã, como aconteceu com a invasão de forma violenta no acampamento das mulheres da Via Campesina na Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul, por volta das 17h, nesta terça-feira, dia 03.03.2008?
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Será possível, nos dias atuais, acreditar que uma mulher governadora de um Estado, usa da máquina e do “poder” para deixar centenas de camponesas, mulheres e mães feridas pela crueldade em defesa de um sistema à mercê do domínio das multinacionais, contra a vida humana e a vida do planeta?
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Será possível, nos dias atuais, acreditar que uma mulher, permite ver com seus próprios olhos e sob sua aprovação, 250 crianças serem separadas das suas próprias mães, jogadas no chão, deitadas com suas mãozinhas na cabeça? Junto com suas mães tão cedo, vidas pequeninas, no chão das estradas, dos roçados e das favelas, conhecem o destino de um preço a pagar quem ousa acreditar na vida e lutar por ela. Certamente um dia essas crianças farão a pergunta:
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Professora Ieda, economista, porque vc fez isso conosco? Porque Professora? Que lição é esta? As Ferramentas de trabalho de nossas mães, que utilizam para garantir o nosso café da manhã, o almoço e o jantar, que nem todos têm, ferramentas utilizadas para produzir comida saudável, foram apreendidas e os barracos que nós estávamos todos destruídos. Por que fizeram isso professora, economista? Já imaginou seus filhos, netos, bisnetos, tataranetos (...) sendo tratados dessa forma como nós fomos tratados?...
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Nesse mesmo dia, a Exma. Governadora, de um lado usou de violência sobre as camponesas e, de outro lado, entregou o troféu Ana Terra a 25 mulheres em festividade no Teatro São Pedro. Ali também, o grito de uma corajosa mulher, denunciando o apoio da governadora e de seu governo ao plantio de eucaliptos no estado do RS, o que impede a produção de alimentos para a população, foi entoado em alto e bom som. Os gritos da camponesa chegaram aos ouvidos da governadora, que num gesto com as mãos acenou para esta mulher trabalhadora. Será por ironia do destino, reafirmando sua posição? Enquanto isso a mulher camponesa foi sendo retirada de dentro do teatro, pelos “seguranças” do evento, pois ali não há lugar para a diferença.
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Certamente essas crianças um dia dirão: Ainda pequeno, nos braços de minha guerreira mãe, eu já aprendi a lutar pela vida, pela natureza, pelo planeta. Minha mãe sempre me dizia que o deserto verde, coloca em risco a vida da humanidade hoje e condena a humanidade de amanhã. Aprendemos com nossas mães lutadoras aquilo que, quem tem a tarefa de nos ensinar, não o faz: Cuidar do planeta, a casa onde moramos. Como diz a canção do Pe. Zezinho: quando eu crescer eu vou cuidar do meu planeta e libertá-lo da destruição, vocês verão!
Porque fez isso conosco mulher professora, economista?
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Foi duro e cruel demais ver com nossos olhos de crianças, a Brigada Militar, aqueles soldados que deveriam nos proteger, e exigir que a empresa que roubou o nosso espaço, arrancou o nosso pão, sugou o nosso sangue, nos deixássemos viver em paz, mas não foi isso que nós vimos. Vimos nossas mães, mulheres camponesas que trabalham dia a dia, sol a sol, sendo agredida na entrada daquela fazenda, que é nossa, e nos roubaram. Não nos cansaremos de perguntar: Por que permitiu isso professora, economista?
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Vimos com nossos próprios olhos jornalistas que ali estavam prestando o serviço que lhes cabe, serem coagidos de forma violenta. Porque os donos da mídia não permitem mostrar a dura e cruel verdade de quem trabalha e luta para sobreviver. Jornalistas a serviço das grandes empresas e a serviço desse modelo destruidor da vida tem lugar e prestigio. Porque, professora economista, não permitiu sequer mostrar os dois lados dessa moeda? Um cinegrafista foi detido por mais de uma hora e a sua fita com o registro da agressão apreendido. O que o seu governo e os tribunais farão com esse material?
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Professora, economista, está colecionando em seu governo, ações violentas para afirmar-se como a primeira mulher que, ao assumir o comando do Estado do RS, fez igual e/ou pior que os maiores ditadores do mundo, que usurparam o direito e alegria de viver de tantos seres humanos? É claro que, dos ditadores, você fez a diferença: Na semana em que se marca o dia Internacional da Mulher, determinou a crueldade e a violência à dezena de mães, camponesas, mulheres que no dia a dia, plantam, regam, colhem, são aquelas que cultivam com suas próprias mãos a semente que poderá garantir as espécies para a perpetuação da vida. Sua escolha foi a defesa da empresa Stora Enso que ajudou financiar sua Campanha. Sabe muito bem a governadora que não foi o desejo e o sentimento das mulheres camponesas, das trabalhadoras, dos trabalhadores que ela chegou ao cargo onde está hoje. Professora, esse cargo não é eterno, mas os resultados de suas ações deixarão suas marcas.
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O que nos resta fazer senão condenar esse tipo de ação e denunciar “aos ventos” que a professora, economista, hoje governadora tucana, está colocando o aparato policial do Estado a serviço da multinacional Stora Enso. Só porque é uma de suas maiores financiadoras de sua campanha?
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Certamente dirão essas crianças: Nós e nossas mãezinhas, trabalhadoras do campo, estamos denunciando com nossas vidas que essa área foi adquirida ilegalmente pela empresa estrangeira e burlando a Constituição Federal, por se localizar em faixa de fronteira, o que é proibido por lei, professora, economista. Tudo que podemos fazer é clamar por justiça. Essas crianças falam e falarão à humanidade sempre! As mulheres camponesas propõem a soberania alimentar, que prevê a cada país condições de produção dos alimentos, garantindo autonomia e criando condições para combater a fome, a miséria e as desigualdades sociais, possibilitando o desenvolvimento da agricultura.
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Pedimos em nome da vida e do direito à liberdade que sejam liberadas todas as mulheres camponesas, indenizadas em seus danos, sejam eles morais ou pessoais e que seja condenada a Empresa Stora Enso, multinacional ilegal. Pedimos justiça às mulheres camponesas, às crianças camponesas e punição à Empresa STORA ENSO.
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Fortalecer a luta em defesa da vida, todos os dias!
Sirlei A. K. Gaspareto