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Mais uma da Yeda "Nazi" Crusius
Mais uma da Yeda "Nazi" Crusius
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O sítio da Brasil de Fato publicou esta semana inquestionáveis provas sobre o óbvio dos já tão habituais métodos de tratamento que a facista polícia gaúcha à mando da nazi, embora não se precisasse de tanto, vem dispendendo para com os movimentos sociais. Claro que tudo é feito sob a égide da justiça na coleira dos ruralistas e multinacionais como Stora Enso, Monsanto, Bayer, Bunge entre outros negócios de senhores de engenho que há muito vêm colocando em operação suas táticas para sequestro do político.
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Agora ao que parece estão ansiosos para reeditar o golpe militar de 1964 que massacrou, torturou, desapareceu com milhares de pessoas, tivessem esses algum envolvimento político ou a maltratada fisionomia modelada pela fome. Para tanto, já reeditaram a polícia política. Tiveram a tácita autorização do coiso, Gilmar Mendes, e sua gangue, que também criminalizou em discurso de posse as ações dos movimentos sociais.
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Cabe uma questão: Assisteremos, assim como outrora, pelo tubo da televisão financiada pelo marketing de senhores de engenho, tudo isso acontecer novamente?
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Nazistas paulistas e paulistanos
Antes de encerrar cabe um dado interessante a respeito do tema levantado. Já há coisa de algum tempo estou com companheiros trabalhando junto a movimentos que lutam por uma moradia, coisa simples e banal, que o poder público que supostamente nos representa, não dá a mínima. Claro que isso dá-se porque o poder político na metrópole dos arranha céus não é feito por outras pessoas, senão por especuladores imobiliários e megas empreiteiras. Isso, deve notar-se, não só explica a absurda paisagem que se ergue diariamente em espantosa velocidade sobre nossas cabeças, como sobretudo, os milhares de famintos que se acumulam sob as suas bases. Falo dos milhões de sem-teto e pessoas que vivem em condições de moradia das mais insalubres, gerenciados por este grande negócio que é produzir fome e humilhações das mais diversas. Política mais contundente, quando é incorporada a pauta política de Estado sequestrados pelo econômico interessado somente na mais valia e no desemprego necessário, para suas altas margens de lucro.
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Enfim, falo falo e não chego ao ponto. Vamos lá então. Após a recusa da prefeitura em ceder um terreno, cujo dono tinha pedências judiciais em torno de quase um milhão com o credor poder municipal, à moradores sem-teto ou massacrados por aluguéis que competiam com o sustento de casa, em mais um clássico movimento de coleguismo, negaram a população reivindicante: moradia. Ao contrário, fizeram o de sempre o avesso. Deram as costas ao povo, mas não sem antes a humilhação de pancadas e ameaças de despejo.
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Lembro-me claramente de um acontecido em uma dessas cenas. Em vígilia frente a prefeitura de Mauá o povo sem-teto foi reivindicar do prefeito coerência. O protesto pacífico, que até ali, não fora abandonado pelas forças policiais, inclusive motoras de alguns incidentes no percurso, sairam de todos os cantos, bueiros e esgotos e com um piscar de olhos estavam prontos, como cães feroses, para receberem qualquer ordem que significasse: ataque. No reboliço das discussões de policiais, cientes daqueles que serviam, com o movimento, jamais esqueço o comentário de um dos líderes: "- Caramba, cara. Os caras sabiam o meu nome sem eu ter apresentado!". Qualquer cheiro de polícia política não é mera coincidência, pois se os gaúchos tem a sua "nazi", nós temos os nossos.
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Sem mais
Façam circular!
Carmesin
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fonte:
Documento da PM gaúcha traz "instruções" para lidar com movimentos sociais
por Michelle Amaral da Silva — Última modificação 18/09/2008 16:54
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Instrução Operacional nº6 da Brigada Militar (a polícia militar gaúcha) - de caráter sigiloso - normatiza procedimentos da corporação. 18/09/2008 .
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Mayrá Lima e Raquel Casiragui de Porto Alegre (Rio Grande do Sul)
Mayrá Lima e Raquel Casiragui de Porto Alegre (Rio Grande do Sul)
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A prova é a Instrução Operacional nº6 da Brigada Militar (a polícia militar gaúcha) divulgada pelo advogado Leandro Scalabrin durante a visita da comissão especial do Conselho de Defesa à Pessoa Humana (CDPH). O documento, entregue a todos os comandos do interior gaúcho e da capital, NORMATIZA os procedimentos da corporação em relação aos movimentos sociais. Os policiais devem fazer: 1) a identificação dos integrantes dos movimentos, 2) o monitoramento de suas sedes, 3) evitar protestos e ocupações e, 4) quando for preciso, usar a força.
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Para Scalabrin, o documento é a prova oficial de que a criminalização dos movimentos sociais é uma política do governo de Yeda Crusius (PSDB). “A normativa de 'se manter um cadastro atualizado dos movimentos sociais' já resultou somente no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e entre as mulheres camponesas em uma lista de mais de 500 pessoas fichadas, com suas supostas lideranças identificadas, com fotos, tal como fazia o DOPS na ditadura militar”, conta.
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O documento é bastante claro. Traz a finalidade da instrução e justifica com o Título 2 - “Base Legal”, em quais leis e constituições as medidas encontrariam apoio legal. Neste item, aparecem as constituições Federal e a do RS, o Código Penal Brasileiro, o Código de Trânsito Brasileiro (para os casos de acampamentos em beiras de estrada e manifestações de rua) e leis como o Estatuto da Terra e o Direito Agrário.
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No entanto, é o Título 3 - “Execução” (ver grifos no documento ao lado), destacado como inconstitucional pela comissão especial de direitos humanos, que trata da postura que os comandos regionais da BM devem ter. Em situação considerada de normalidade, os comandos devem ter um cadastro de áreas rurais (no caso dos movimentos sociais do campo) e prédios públicos (engloba as organizações urbanas) que possam ser ocupados. Também aponta a identificação e o cadastro das lideranças. Ainda determina ações para casos de “iminente ocupações” e para casos de “ocupações já concretizadas”.
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Documento “surrupiado”
O Ouvidor da Segurança Pública Adão Paiani [piadista], que participou das reuniões com a comissão, negou que exista uma política de Estado para coibir protestos. No entanto, afirmou que existem posições isoladas no governo que defendem o uso da força durante as manifestações. “Já sugeri incansavelmente ao governo do Estado e à Brigada Militar que temos alternativas a isso [violência]. Na semana passada, me reuni com o secretário de Segurança Pública e sugeri a criação da polícia agrária. Infelizmente, essa voz não tem encontrado eco no governo”, disse.
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A prova é a Instrução Operacional nº6 da Brigada Militar (a polícia militar gaúcha) divulgada pelo advogado Leandro Scalabrin durante a visita da comissão especial do Conselho de Defesa à Pessoa Humana (CDPH). O documento, entregue a todos os comandos do interior gaúcho e da capital, NORMATIZA os procedimentos da corporação em relação aos movimentos sociais. Os policiais devem fazer: 1) a identificação dos integrantes dos movimentos, 2) o monitoramento de suas sedes, 3) evitar protestos e ocupações e, 4) quando for preciso, usar a força.
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Para Scalabrin, o documento é a prova oficial de que a criminalização dos movimentos sociais é uma política do governo de Yeda Crusius (PSDB). “A normativa de 'se manter um cadastro atualizado dos movimentos sociais' já resultou somente no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e entre as mulheres camponesas em uma lista de mais de 500 pessoas fichadas, com suas supostas lideranças identificadas, com fotos, tal como fazia o DOPS na ditadura militar”, conta.
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O documento é bastante claro. Traz a finalidade da instrução e justifica com o Título 2 - “Base Legal”, em quais leis e constituições as medidas encontrariam apoio legal. Neste item, aparecem as constituições Federal e a do RS, o Código Penal Brasileiro, o Código de Trânsito Brasileiro (para os casos de acampamentos em beiras de estrada e manifestações de rua) e leis como o Estatuto da Terra e o Direito Agrário.
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No entanto, é o Título 3 - “Execução” (ver grifos no documento ao lado), destacado como inconstitucional pela comissão especial de direitos humanos, que trata da postura que os comandos regionais da BM devem ter. Em situação considerada de normalidade, os comandos devem ter um cadastro de áreas rurais (no caso dos movimentos sociais do campo) e prédios públicos (engloba as organizações urbanas) que possam ser ocupados. Também aponta a identificação e o cadastro das lideranças. Ainda determina ações para casos de “iminente ocupações” e para casos de “ocupações já concretizadas”.
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Documento “surrupiado”
O Ouvidor da Segurança Pública Adão Paiani [piadista], que participou das reuniões com a comissão, negou que exista uma política de Estado para coibir protestos. No entanto, afirmou que existem posições isoladas no governo que defendem o uso da força durante as manifestações. “Já sugeri incansavelmente ao governo do Estado e à Brigada Militar que temos alternativas a isso [violência]. Na semana passada, me reuni com o secretário de Segurança Pública e sugeri a criação da polícia agrária. Infelizmente, essa voz não tem encontrado eco no governo”, disse.
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Em entrevistas à imprensa local, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Paulo Mendes, criticou o vazamento do documento, que afirmou ser sigiloso [o cretino criticou o vazamento do documento e não o seu conteúdo, observem]. Durante um programa de TV, o militar chegou a acusar uma deputada estadual de “ter surrupiado” o documento impresso que ela mostrava na ocasião. O Estado do Rio Grande do Sul não adere ao Manual de Diretrizes Nacionais para Execução de Mandatos Judiciais e Reintegração de Posse Coletiva, produzido pela Ouvidoria Agrária Nacional e pactuado pelas secretarias de seguranças estaduais. O manual direciona o trabalho da polícia em casos de ocupações por reivindicação da Reforma Agrária. (Leia mais na edição 290 do Brasil de Fato).
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