Estava buscando informações para fazer o meu molotov contra as eleições de outubro. Mínimo de exercício democrático que sobrara em nosso contemporâneo exercício do decidir quais os caminhos que as nossas próprias vidas irão seguir. Quando me deparei com o extremismo da ignorância anti-popular e cruel da direita, que há muito é extrema.
.
A notícia não vale nem a pena postar. Um mal exemplo de como se faz uma crônica jornalística, de uma revista que se intitula: VEJA, mas que na verdade representa o gerenciamento da cegueira nacional, tal como compõe o arsenal do grande capital, nacional e multinacional, e da bancada ruralista, latifundiária e dona de mais da metade das terras nacionais, tal como da renda extremamente mal distribuída.
.
.
Enfim, estava tentando achar matéria pra esquadrinhar candidatos, dentre eles, aquele que tenta pagar de povão, o "Zé" Serra, que nunca vai ser chamado por apelido algum, senão pelo seu formal sobrenome, mesmo embora carentão e invejoso, propagandeia que estudou em escola pública, em uma época em que ela só atendia de classe média a elite, mas hoje não coloca neto nem pagando em uma do gênero, só pra pagar de "homem do povo".
.
Mais que isto quer colocar-se como sujeito que lutou contra a ditadura militar quando alinhou-se a UNE, no entanto, em seu governo dentre tantas ações descaradamente autoritárias, incentivou ações como, por exemplo, a entrada da tropa de choque no campus da USP, para uma reintegração truculenta, quando o que se queria era o diálogo. Detalhe que a policia militar não tinha adentrado a universidade desde a ditadura militar. (faça uma visitinha:
http://www.arlesophia.com.br/?p=634)
.
Por fim, como eu sempre digo, quem faz propaganda sempre mente, tentando convencer justamente daquilo que não se é, o "Zé" Serra, estudante de escola pública e militante da UNE, que passa longe de tudo que se pareça POVO. Confesso que gargalhei tanto quanto as "tiradas humorísticas" do Ti-titica quando ele, o "Zé" Serra, disse que era pobre e o seu pai possuía uma "banca" no CEASA. Deviam proibir estas coisas. Pode-se ganhar um infarto com isto.
.
Poxa, como eu enrolo mais que bicho da seda. Mas é por aí que caminha a reflexão. Nós pensamos uma coisa e quando surge a oportunidade, falamos de umas milhares. Lá vai então o que achei com as minhas eternas pesquisas:
.
.
.
ENQUETE DA REVISTA VEJA
abre aspas
.
O filme sobre a vida de Lula já era. Nem a distribuição de ingressos está ajudando. Vamos ajudar esse filho do Brasil? Como fazer o filme bombar?.
* Combo Povo Popular: cada espectador terá direito a um kit com sanduíche de mortadela, tubaína e uma dose de 51;
(Minha nota - Claramente a mulher e o homem da camada popular são esteriotipados de uma forma tão revoltantemente preconceituosa que a vontade era incendiar a editora abril) * Sorteio de ingressos para visitar a sala onde começou a nascer o fim da heteronormatividade, conforme quer Vannuchi: a cela do Dops em que Lula e outros se acotovelavam com o “Menino do MEP”;
(Minha nota - Vamos por partes: 1))) Heteronormatividade é o nome que se dá a cultura em que aceita como normal somente o padrão em que homens se relacionam como mulheres. O excerto é homofóbico, porque pretende diminuir o Lula, usando como base a sexualidade; 2))) Mais que isto mostra o autoritarismo da editora Abril, ao tratar como brincadeira um dos períodos mais expúrios de nossa contemporânea história. Quer instrução leia o livro "Brasil Nunca Mais!"; 3))) Bom, o tópico foi criado com base em uma notícia publicada no elitista e tucano jornal "Estadão" por César Benjamin. Como se não bastasse a notícia é produzida e disseminada de forma fraudulenta, sem pesquisa e investigação. O fato é desmentido por um dos principais adversários políticos do Lula na atualidade, no caso, o "Zé" Maria, na época companheiro de cela).
* Sorteio de uma carona num dos jatos da Presidência da República; o risco é ter de viajar com um dos “ronaldinhos” de Lula e seus amiguinhos;
* Exemplar autografado da autobiografia de Lula: “Nasci banguela e analfabeto, mas venci”;
(Minha nota: Novamente, ironizando, debochando e ridicularizando das camadas populares). * Distribuição de adesivos com a seguinte frase: “Depois do cara, fique com a coroa”.
(Minha nota: Com certeza tentou fazer humor com base em trocadilhos. Só tentou. Não conseguiu, como era de se esperar de alguém tão limitado em termos de análises políticas. Mas há aqui também uma conotação sexual, tal como, o segundo tópico que fora produzido em pesquisa para a classe média de medíocre e mediano pensamento).
fecha aspas
.
Distintamente, da intelectualmente nanica mídia grande, eu cito a fonte:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/
.
Anti-popular, logo elitista. Homofóbica, logo quadrada. Autoritária e golpista, logo, anti-democrática:
Imagem limpa. Sem conflitos. A editora Abril já elege o seu presidente, no caso, Serra.
.
.
No próximo post uma palavrinha mais bem construída sobre o "Zé", tal como, sobre a Dilma.