sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Como alguém já dizia: - Morrer é fácil,o difícil é viver!

A cada natal que passa tenho a impressão de que as pessoas estão mais tristes,ou na verdade sou eu que estou mais triste.
A vida está muito séria, as coisas simples tornaram-se complicadas e chego a pensar que não é bom demonstrar a alegria que sinto,com medo de um revés brutal.
Na verdade um sentimento de desgosto e falta de algo que perdi e acho que não tem mais como recuperar e ser como era antes.

(...)
Seca os rios,os sonhos,
Seca o corpo,a cede na indolência.

Minha irmã (Jú) uma vez escreveu:

Eu sou eu,
Vc é vc.
Quem algum dia puder se descrever
perceberá que é a contradição...
Verá que a situação
faz o nosso ser se esquecer de ser.

Pena mana q vc se esqueceu de mim.(dramática eu sou...rsr...é de família)

Espero o Ano Novo sem planos, sem desejos apenas com a esperança... como dizem nos mantêm vivos e sofrendo.




sábado, 15 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL!


NO PAÍS QUE APLAUDIU "TROPA DE ELITE" A MATADEIRA CEIFA VIDAS COM O CONSENTIMENTO DE TODOS

Zé Arbex é um jornalista que vale a pena ser lido. Mensalmente escreve na revista Caros Amigos e as suas atividades vão além da caneta e do papel. Esta matéria denúncia a máquina de produzir mortes que vem sendo operada pelos militares nas favelas do Rio de Janeiro, com o apoio, de Sérgio Cabral que recentemente deu uma derrapada na polidez e soltou uma de matar mico, coisas essas que em geral só surgem em situações tensas. Disse o "senhor governador" na ocasião, coisa de meses atrás que as moradoras de favelas produzem em massa criminosos. Reeditou o clássico: "Todo pobre é bandido". É o progressio brasileiro, meus caros. Absurdo despropositado que gerou um grande burburinho, na época, e deixou o "senhor governador" na saia justa.
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Um Carandiru por mês
por José Arbex Jr. 694 mortos em seis meses, entre janeiro e julho de 2007: a cifra enche de orgulho o governador do Estado do Rio de Janeiro, que parece acreditar ser esse o caminho para acabar com o império do narcotráfico na capital fluminense. Estamos, aqui, falando de um massacre do Carandiru por mês, todos os meses, ou de quatro mortes por dia – uma a cada seis horas. É absolutamente inacreditável. Difícil saber o que é pior: a leveza com que Sérgio Cabral defende o reinado do terror ou a quase total indiferença, quando não manifestações de apoio explícito com que suas declarações são acolhidas pela assim chamada sociedade civil. O governador lamenta a morte de inocentes, assim como José Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública do Rio, que afirma: “Não queremos que aconteçam incidentes dolorosos envolvendo crianças e pessoas de bem. Mas precisamos desarmar o tráfico com urgência.” (Folha de S. Paulo, 19.out) Certo. Faltou explicar como, exatamente, a polícia sabe quem é “do bem” e quem é “do mal”. Não raro, as versões contadas pelas autoridades sobre as mortes (invariavelmente, explicadas como reação dos policiais aos ataques dos bandidos) diferem daqueles oferecidas pelos moradores das favelas - isto é, quando eles não se sentem tão aterrorizados que consigam oferecer alguma versão.
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Que mandado é esse?
Por mais que os representantes do governo e da PM neguem, do seu ponto de vista todo morador de favela é, em princípio, suspeito, e deve ser tratado como tal. É este, precisamente, o significado do “mandado de busca coletivo”, um procedimento completamente inconstitucional e irregular, autorizado por juízes que, obviamente, compartilham da mesma percepção e cujo uso já se tornou banal no Rio e em São Paulo.
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Esse procedimento permite que os policiais tomem de assalto as residências dos favelados e transformem o morro inteiro num selvagem campo de batalha.
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Caro leitor: você já parou um segundo para pensar o que significa um mandado de busca coletivo? Significa que a polícia pode entrar em qualquer casa, a qualquer hora, revistar todos os aposentos, interrogar todos os moradores, apreender quaisquer objetos considerados “suspeitos”, por uma única razão: porque a casa situa-se numa área que se tornou alvo de uma ação policial. O mandado de busca coletivo suspende todas as garantias constitucionais, ignora completamente os direitos individuais e as normas mais básicas do convívio civilizado. É uma humilhação terrível, imposta pelo Estado aos cidadãos “do bem”, sitiados em seu próprio lar.
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Pergunta: quais são as chances de que algum dia algum juiz autorize um mandado de busca coletivo, digamos, nos jardins de São Paulo, ou no Leblon carioca?
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Chegamos, aqui, ao coração do problema. O governador só pode se referir com tanta leveza e orgulho aos seus Carandirus mensais porque as vítimas não existem aos olhos da classe média. São os negros e pobres das favelas, um amontoado de carne cuja falta ninguém sentirá no dia seguinte – exceto, é claro, os seus amigos e familiares que são tão negros e pobres quanto, e por isso igualmente não contam.
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Cinismo e silêncio
Questionado por jornalistas sobre a óbvia diferença de atitude da polícia quando suas operações são realizadas em bairros “brancos” do Rio, Beltrame nega: “"As diferenças na execução das operações existem em razão das características de cada morro ou favela e do modo de atuação das quadrilhas.” Claro, quem pode duvidar disso? E explica, também, que as mortes que acontecem hoje evitarão um número ainda maior no futuro – mais ou menos como a Casa Branca explicou que as bombas sobre Hiroshima e Nagasáqui foram uma providência humanitária (sic) para abreviar a guerra. OK.
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Se o cinismo e a brutalidade dos representantes do Estado causam náuseas, não menos asqueroso é o silêncio cúmplice da classe média. Reside aí um perigo imenso: o da conivência com procedimentos de limpeza étnica, em nome do combate ao crime e ao “mal”. Já vimos esse filme antes e sabemos para onde pode conduzir.
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José Arbex Jr. é jornalista

M.L.KING

PELO SANGUE CARMESIN letra (Gisele Nascimento)
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Este é mais um trampo do grande irmão e assíduo colaborador do nosso blog: Jefferson. Grande grande camarada.
Forte Abraço!!!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

CANALHICES E DERRUBADA DA CPMF

http://www.reporterbrasil.com.br/images/articles/real-parque.jpg
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Não to podendo com a minha tão satisfatória atividade de incomodar, embora incomodo irrisório. Mas não caio no jogo e mantenho o impeto. Não podia deixar passar em branco.
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Aqui vai só em forma de nota: RIDÍCULA a atitude do Senado, algoz da CPMF. Com isso, vocês populares que assinaram aquele ridículo abaixo assinado organizado pela FIESP, FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE SÃO PAULO, entendeu FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE SÃO PAULO, ENTIDADE NÃO CRIADA PRA OUTRO FIM SENÃO O DE PROTEGER OS INTERESSES DA CLASSE PATRONAL, DA BURGUESIA, DO PODER, deixarão de contar com 40 BILHÕES DE REAIS que teriam o destino de servir a SAÚDE PÚBLICA.
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Mas, não. Parece mesmo que o que mais importa neste país é o interesse particular, o indivíduo. O bem-comum, a vida coletiva, a sociedade... ah isso são miragens. Parece não estar mais em pauta ou na perspectiva das pessoas. Tempo assustador este o nosso!
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Éhhhh... espantando constato: nação zumbi; marionetes manipuladas pelo poder. A sociedade acha que vai conseguir se socorrer no sistema privado?!?! Essa verdadeira latrina chamada plano de saúde. Não defendo o Estado e meu anarquismo é de algum tipo que ainda não achei em literatura alguma. Algum dia ainda a marteladas arruino isto tudo. Mas a classe média. Bem, a classe média, cujo pensamento está nivelado por baixo, é mediano, tão logo medíocre também não acredita no Estado, tampouco beira o anarquismo. Aceita quando não se posiciona ativamente a favor do "Estado mínimo", por que por ora ainda consegue se safar com o custeio de um Estado Paralelo e privado, que acredita piamente: funciona, e premia aqueles que são os "bons empregados". Acredita de fato que o neo-liberalismo vai salvar o Brasil. Pouco se importa se aquele sujeito ali todo fudido, lançado na rua, ou sob o teto precário de uma maloca que balança com o vento, passa privações, não come à dias ou vive em condições insalubres até para os ratos. Este seu senso mediano é capaz de se mobilizar em campanhas do tipo "A classe média é que sustenta o Brasil. BASTA!", ou se aliar a classe patronal que a explora. Ô atitude mais servil. A classe média mostra docilidade e afeto como forma de agradecimento a quem explora, mas jamais se alia a um semelhante para combater a miséria, a corrupção.
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O pior é que depois aparece um sujeito todo classe média espantando com mais um filhote, mais uma vida ceifada por estes criminosos, estes monstros, facínoras... etc etc. De tudo só lamento a vida ceifada. Mas não me compadeço com as outras lamentações da classe média. São todas fajutas com a cereja da mediocridade por cima.
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Por estes dias ouvi os maiores absurdos. Midia impressa, televisiva ou nas ondas de rádio: TUDO O MESMO LIXO. Teve ancora televisivo bradando, após a tardia consideração do "senhor presidente" que disse em alto tom que "cortar a CPMF é tirar 40 bi da saúde", dizendo que "Não... não. O empresariado, a industria o mercado não pagam. Quem paga é você cidadão, pois eles repassam o imposto". Ô ANCORA ISTO É ÓBVIO! Bom, é claro que a FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE SÃO PAULO, a FEBRABAN entre outras entidades de malditos burgueses se regozijaram quando os senhores senadores votaram na manhã de quinta, em ataque ao bem-comum, e em favor da manutenção do status quo pela derrubada da CPMF. Não que a CPMF algum dia chegou a suspeitar de algum desejo que pudesse vir a abalar o status quo, mas a classe econômica que é política neste país: legisla, executa e julga, jamais vai votar pela distribuição de renda, porque isso significaria causar dano a sua própria renda. Tenho insistido nesta metáfora como forma de desqualificar esta categoria de regime estatal. Bem, na disputa pelos 40 bilhões a sociedade ficou sem a verba e os engravatados vão comemorar o aumento de 40 bi dos lucros.
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E a classe média, do pensamendo mediano mediocre vai constatar incrédula: "Ahhh... mas os preços não abaixaram?!?!", segundo a promessa do âncora e dos senhores engravatados que vieram falar em rede nacional que caberia ao governo pressionar a queda de preços. Ora vá se foder classe média!!!!! De qualquer forma, este incomodo de raiva vai durar somente alguns segundos para ser substituido pela reverência servil, a qual, a sociedade não perdeu o costume desde os tempos de exploração colonial portuguesa. Pois, então classe média e outras menos abastecidas, mas que compartilham da mesma medíocre estrutura mental, ou deveria dizer fecal, só porque conseguiram comprar um radinho, aplausos pra vocês que apoiaram e votaram contra os 40 bi que ia retornar em benefícios pra vocês mesmos, seus otários.
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Álias, faça uma força classe média e menos remuneradas que compartilham a mesma merda de pensamento: Porque toda iniciativa do governo que tem como fim o bem-estar social é taxado pela mídia de "ação paternalista"? Bem, só vou encerrar dizendo que na disputa pelos 40 bi vocês perderam, eu perdi, quem mais necessita perdeu. "E que livre o santo" de não precisar jamais do sistema de saúde, pois quem cai neste, logo passa num piscar de olhos para o funerário, tá ferrado.
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Apenas uma observarção: Ainda será comentado num outro momento o episódio da desocupação da favela Real, próxima a marginal Pinheiros, que tá engasgada e não vai descer enquanto não insultar um talzinho ai de uma televisão que chama de cidadão somente quem tem carro. É meu irmão. Uma centena de famílias atiradas na rua, sob o céu de bombas, gás de pimenta e tiros com bala de borracha, arrebentando ali, é!!!!! ali perto do pé de uma mãe com um filho no colo, perto dos olhos de uma criança inconscientemente perplexa com aquele cenário todo e com o sentir uma cegueira ardente como fogo. E o senhor âncora, o que disse o senhor âncora: "Olha o trânsito de São Paulo que absurdo". Ou seja, para o "senhor" âncora só é cidadão quem tem carro e a repressão policial é legitima, pois impede o "direito de ir e vir" (pois é, a liberdade virou slogan) dos mesmos. Detalhe imprescindível é notar que assim como um Armani veste um dado senhor que se considera a mais pura nata do mais branco leite da mais genuína teta da mais original vaca suíça que se tem história, para que este se destaque distintamente do resto da sociedade. Em outras palavras, ele demarca a sua posição social também pelo que veste. Aqui em São Paulo, dado que a nossa sociedade não produz muito ricaços, e as outras produzem mais porque dentro do sistema somos nós os explorados e duplamente infelizes (com excessão da classe média que leva tapa na cara e abre um sorriso de satisfação) dado que o chicote não passa somente pelas mãos da burguesia nacional, como também pela estrangeira, o comum é o cidadão mediano, classe média e/ou pensamento mediano. Com o automotor eles demarcam a sua posição na sociedade. Segundo o âncora a de cidadãos.
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À margem do transporte automotor de indivíduos, ou passando num segundo no correr da paisagem pela janela, está uma outra sociedade, cuja realidade é outra bem diferente.
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Um último detalhe trágico: As montadoras gozam o vindouro ano de 2007, em causa dos 2 bilhões de carros vendidos este ano só em São Paulo. Deste jeito dá até pra respirar fundo, dado que nesta cidade de 17 milhões de habitantes, há um carro para cada três habitantes. Unf... dá até pra respirar.
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Sem mais
basta já este desbafo

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

LA LIBERTAD BOLIVIANA!

Imagem forte!!!
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Encontrei fuçando em alguns blogs na internet: "LA CHOLITA". Gostei de imediato. É escrito por uma garota boliviana e conta com colaboradores(as). Como tudo que chega de fora acerca da Bolivia e outros países que tem optado por uma outra via política é oferecido pela mídia "brasileira" como produto completamente deturpado, este blog é uma fonte de informação muito autêntica e escrito por quem está dentro da cena.
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Altamente recomendado!!!
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CARMESIN