domingo, 5 de junho de 2011

Cobertura da mídia sobre um protesto legítimo

03 de junho de 2011, um sujeito que se gaba por ser representante da sociedade, sem tomar conta de que não foi eleito pela totalidade dos votantes, mas por uma maioria da massa, montado em toda arrogância e condição superior que acredita possuir e mantém com o uso da truculência policial, toma os microfones e o leva o a boca. Demonstra teatralmente, como todo aquele que se auto intitula, "representante" da sociedade, como que precisando a todo o momento, lembrá-la daquilo que realmente ele não é. Um desequilíbrio notório, na asperaza de seus gestos, e nas palavras rudes que usa. Quer mostrar a força e o apoio popular que não tem na situação.

Diz, o desgovernador ao referir-se aos bombeiros: "vândalos, irresponsáveis, que não irão de forma alguma prejudicar a imagem de uma instituição tão respeitada e querida pelo povo do Rio de Janeiro"

A pessoa em questão tem nome e embora não mereça ser tratado pelo mesmo, terei de usá-lo para tornar a crônica mais precisa: Sérgio Nazi Cabral, desgovernador do partido do latifúndio, no caso, o PMDB; que gastou 10 milhões de reais (valor declarado) para se eleger governador de um dos Estados mais ricos da Federação brasileira e "representar" a população do Rio do Janeiro em sua fala contra os bombeiros em protesto legítimo para aumentar um salário base de 950 reais.


Bem, certamente, por não participarem de decisões que influem em suas próprias vidas, os bombeiros, tal como, todos os eleitores desta democracia teatral e fajuta, não puderam fazer como o Cabral, que aumentou o seu salário em 2009: http://noticias.r7.com/cidades/noticias/deputados-votam-salario-de-sergio-cabral-20091215.html; Em 2010: http://www.paraibaurgente.com.br/detalhe_noticia.php?id=4248; e pra manter a média, certamente está esperando um clima para votar o aumento de 2011.


Alguns Anexos

O quadro acima mostra quanto o governador gastou para se reeleger governador. Um "vandalismo", o volume de dinheiro. Não fazem trabalho de base. Fazem, sim, propaganda. Não custa lembrar que o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) apresentou no dia 06 de junho de 2011, "na Assembleia Legislativa, um estudo do Supremo Tribunal Federal, segundo o qual, o governo estadual deixou de arrecadar, entre 2007 e 2010, R$ 50,3 bilhões por causa de isenções fiscais concedidas a cerca de 20 mil empresas". Hummm... faz sentido agora os 10 milhões para a campanha. Será que a população cario observou um aumento nos impostos para compensar aquilo que a elite econômica deixou de pagar?

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Será que ele realmente representa os cidadãos do Rio de Janeiro?
Ao que parece, não.

E os 27 mil cariocas que foram marchar em Copacabana, em prol da causa dos bombeiros, no dia 12 de junho também parecem não reconhecer nele um representante?
Éh. Se deu mal, Cabral.

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Aqui algumas considerações carinhosas dos bombeiros ao desgovernador

Dá pra entender agora porque ele vive repetindo que é representante dos cariocas. Certamente, afirma porque não o é.

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Algumas justificativas para consideração tão carinhosa dos bombeiros e de parte da população carioca ao seu desgovernadorzinho autoritário.

Na ação de invasão do BOPE ao quartel onde estavam mobilizados os Bombeiros, foram presos 439 pessoas de forma ilegal, pois no Rio de Janeiro os bombeiros não são considerados militares, portanto, tem o direito de fazer greve, diferentemente de outras categorias policiais.

Ainda sobre a operação, vale ser dito que foram encontradas balas de fuzis, provavelmente disparadas pelo BOPE e a Tropa de Choque.

Sendo deslocados para prisão, os 439 bombeiros detidos ilegalmente, lá foram mantidos por vários dias. Aqueles considerados os líderes do movimento pelo aumento salarial. foram isolados do restante do grupo de bombeiros detidos. (http://www.redetv.com/jornalismo/portaljornalismo/Noticia.aspx?118,4,251848,126,Deputados-visitam-bombeiros-presos-no-Rio)

Há o relato de vários bombeiros de que sofreram maltratos quando detidos, tal como, privação de alimento e acomodação no chão, dentre outras atrocidades. O link ao lado é um exemplo: (http://extra.globo.com/noticias/rio/bombeiro-detido-denuncia-maus-tratos-afirma-que-manifestantes-nao-estavam-armados-1954109.html).

Logo, Sérgio Nazi Cabral merece a caracterização que fizeram dele.


Algumas descargas mentais do facistinha acima:

“Tem tudo a ver com violência. Você pega o número de filhos por mãe na Lagoa, Tijuca, Méier e Copacabana, é padrão sueco. Agora, pega na Rocinha. É padrão Zâmbia, Gabão. Isso é uma fábrica de produzir marginais”. SÉRGIO CABRAL, governador do Estado do Rio. Outrubro de 2007.

Um vídeo onde o mesmo chama os médicos de vagabundos: http://www.youtube.com/watch?v=1bgEDlGePnE.

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ABAIXO a corbertura da desinformante mídia para informar em acordo com os seus interesses. Quanto será que o governador do partido que não faz trabalho de base, pois aristocrático, logo distante da pop, tem nojo da mesma, logo, tanto melhor fazer propaganda na mídia. Opa: "Candidato à reeleição, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), publicou decreto que aumenta em R$ 35 milhões sua verba de publicidade, elevando para R$ 160 milhões a previsão de gastos do governo com esse objetivo no ano eleitoral" (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/candidato+a+reeleicao+cabral+aumenta+publicidade/n1237636576376.html).

Tá explicado.






Notem que em todas as notícias são usados verbos que sugerem que o protesto: COMPLICA, PÁRA. Usam também INVADEM, como se fosse possível fazer isto em seu próprio local de trabalho. A Band, por sua vez, chama indiretamente os bombeiros de vagabundos que não foram trabalhar.

Após a passeata dos 27 mil até mudaram a nomenclatura que usam para definir o ato dos bombeiros e da população que os apoia.




Mas não é somente a mídia que muda o seu discurso mediante as 27 mil pessoas que ela enxerga como consumidores em potencial. Sérgio Nazi Cabral faz o mesmo, enxerga 27 mil eleitores, e imediatamente no dia seguinte a passeata, anuncia como um bom dramaturgo, sem expressões asperas e falas rudes. Ao contrário agora no papel do o bom moço e envia mensagem a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), modificando a destinação dos recursos do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom), para que, 30% deles sejam utilizados para pagamento de gratificações aos bombeiros. As informações foram divulgadas pela assessoria do Governo ainda na noite do domingo (12 de junho de 2011). (http://tudonahora.uol.com.br/noticia/brasil/2011/06/13/144245/sergio-cabral-anuncia-gratificacao-para-bombeiros-do-rio)

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