sábado, 12 de janeiro de 2008

MENOS 40 BI PRA SAÚDE! MAIS UM ROUND: A IOF!

"Curiosa" a estratégia de alguns partidos em rebatizar com novo nome a mesma marginália que há tempos imemoriáveis compõe a sua podre base: ARENA/PFL/DEM, o que nos dá trabalho a beça. Oligarcas da terra, ruralistas armados, burgueses indústriais. Os donos do poder fazem política para os seus herdeiros.
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Vamos a mais um round dos 40 bilhões que neste ano irão engordar as rendas de banqueiros/empresários/latifundiários/especuladores e que antes tinham a direção do investimento em saúde, que já anda doente, imaginem com menos 40 bi.
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Bem, na disputa pelo "de onde eu arrumo 40 bi" pra financiar a saúde, a estratégia do governo(?) Lula (PT) orientou a sua ação sobre a IOF, Imposto sobre Operações Fianceiras (incide sobre operações de crédito, de câmbio e seguro e operações relativas a títulos e valores mobiliários) e CSLL, Contribuição Social sobre Lucro Líquido (incide sobre as pessoas jurídicas). De maneira, muito arguta e "mal intencionada" ARENA/PFL/DEM, aliados ao PSDB e outros partidos depositários da mesma miudeza humana e da defesa dos interesses particulares/privados, entraram com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.
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Com isso, além de produzirem o efeito pretendido do achatamento dos capitais em mãos do governo, os quais, seriam direcionados para investimentos, o ARENA/PFL/DEM, tal como, o PSDB não só demonstram o seu total desdenho pela população brasileira (estou excetuando a podre classe média do pensamento medíocre e mediano da categorização de povo, porque eles não o são), como, sobretudo, o seu total afeto e simpatia pelos banqueiros. No mais, a disputa pela sucessão presidencial já começou e ela pretende ferir o governo justamente no slogan que vende: "governo federal construindo um Brasil para todos". Uma mentira da qual não dúvido mas começo a suspeitar não seja assim tão mentirosa, pois ainda há uma dúvida: porque esta gestão de governo incomoda tanto ao poder se aos meus olhos não a vejo distoar da prática política da gestão anterior PSDB/ARENA/PFL/DEM etc etc? De uma forma ou de outra o governo Lula (PT e aliados) padece, pela péssima escolha de ter optado por negociar com o poder, ao invés de construir uma base social politizada com a concessão de serviços sociais que nos são de direito.

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Enfim, voltando ao nosso tema, até um cego notaria que não cobrar impostos do poder econômico nacional é isentá-los de qualquer responsabilidade social, palavrinha largamente marketeada pelos poderosos, mas nunca praticada. O ARENA/PFL/DEM, PSDB, PDT, etc etc notam. Não são ingênuos. Isto não existe em política. Ao contrário, interesses são defendidos e a ingenuidade é prerrogativa somente quando conveniente. O poder econômico, que é político neste país, não foge a regra: AQUELES QUE TÊM RENDA JAMAIS DISTRIBUIRÃO A SUA RENDA!
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Prestem atenção na tremenda cara de pau do presidente do ARENA/PFL/DEM, Rodrigo Maia, em texto recolhido
www.blogdemocrata.org.br/, com nossos comentários entre [ ]:
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"Competência técnica do governo para cortar gastos supérfluos do Orçamento, contabilizar o excesso de arrecadação e compensar a ausência da CPMF eu não esperava, mas não podia supor que o país seria submetido ao hiato assustador de eficiência que estamos vivendo neste início de 2008. [ (?) E com certeza o hiato decorre das ações mesquinhas destes partidos que outrora estavam de mãos dadas com os militares] . Primeiro, o governo pôs sobre a cabeça do país a espada do pacote de aumento de impostos [Viu como mexer no bolso do poder econômico que é político os faz mostrar as presas. O que eles mais querem é o cada um por si do "Quem tem dinheiro paga um plano de saúde, uma escola ou faculdade particular. Quem não tem chupa o dedo, pra não morrer de fome ou carbonizado pelas chamas de um HC"], ferindo de morte a credibilidade do presidente da República que havia assumido o compromisso de não mexer nos tributos. Foi corte no pé. A sociedade [ele não tá falando de nós. A sociedade pra este sujeito é a dos latifundiários, empresários e a medíocre classe média do pensamento mediano que tem o tamanho de uma azeitona, mas crê ser um pavão, etc etc] não agüenta mais carga tributária [poxa que pena rico pagando imposto, não!] , o pacote está em descompasso com a legislação, sem contar que é desastroso para o governo porque renova o discurso da Oposição [Aqui ele faz da sugestão ao governo, que lhe é o oposto, uma espécie de 'bom mocismo', pra classe média dizer nalgum momento: "-Não. Tá vendo. Ele se preocupa com os pobres do Brasil. Até dá sugestões ao governo de como governar, por isso não pode ser acusado de tacanha, de presidente de partido que boicota"].
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O Democratas argüiu a constitucionalidade das medidas, o PSDB seguiu a mesma toada e os líderes do governo enxergaram o óbvio: a tramitação das medidas no Congresso tem tudo para repetir a trajetória da CPMF. O governo, então, achou que resolveria os problemas cortando emendas ao Orçamento. A base do governo divergiu. A Oposição fez o contrário: abriu mão de todas as emendas dos seus parlamentares.
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Para acalmar seus aliados, o presidente Lula pôs na roda mais de 300 cargos, incluindo empregos na cúpula das estatais do setor energético, caso da Eletrobrás, Eletronorte, Eletrosul e do Ministério das Minas e Energia. Fazer balcão de negócios com estes cargos e nomear quadros inexperientes para ocupá-los, no momento em que o país está à beira de um colapso no abastecimento de energia, é irracional e insensato.
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O governo Lula, infelizmente, tem sido o cemitério da excelência. O que se vê é terra arrasada. A Saúde piorou a tal ponto que voltamos a ter febre amarela, sem deixar de lado outras moléstias que estavam erradicadas [Imaginem com menos 40 bi que o ARENA/PFL/DEM e PSDB tiraram da saúde pra engordas os lucros do capital]. A Segurança vai de mal a pior. Falta luz. Como dirigente partidário tenho enorme confiança em dias melhores no futuro mas, no presente, a realidade tem sido dura. Sem noção de suas responsabilidades e da sua importância para a vida de milhões de brasileiros, o presidente Lula, [Poxa, o Rodrigo Maia esqueceu de se mencionar neste dado momento, tal como os seus coleguinhas de partido e os aliados] em 2008, a exemplo dos cinco anos anteriores, segue sem rumo. Sob seu comando, ou sua falta de comando, o governo se debate como ioiô e parece mais desorientado que colar de conta em pescoço de passista de escola de samba."
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Rodrigo Maia, o sujeito da foto, é deputado federal pelo Rio de Janeiro e presidente do ARENA/PFL/DEM
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Mais informações sobre a IOF:

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