sexta-feira, 21 de março de 2008

TRANSGÊNICOS: A ERA DO PODER DAS MULTINACIONAIS

QUEM MANDA NESTE PAÍS?
O propósito deste artigo dá sem em causa da liberação pelo Conselho Nacional de Biosegurança do plantio e comercialização de milho transgênico mesmo após pesquisas que indicam que animais alimentados com o mesmo sofreram intoxicação.
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Na Era das grandes corporações, senhoras do Estado e dos regimes de governo, notamos mais um indício do seu poder sem freios e do quanto o bem-estar social está ameaçado pela ação dessas espúrias organizações que regem a vida da humanidade. Em revoltante ação o Conselho Nacional de Biosegurança (CNBS) a exemplo da Comissão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio), instituições estatais cujos os nomes já deixam transparecer a ironia e o deboche com o qual nos trata o Estado das multinacionais corporativas, deu parecer favorável no dia 12 de fevereiro, colocando em risco a vida de todos os brasileiros, a liberação em última instância do plantio e comercialização das variedades de milho trangênico Liberty Link (Bayer) e MON810 (Monsanto).
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Tal atitude mostra que o Estado Brasileiro esta as picas para a sua população e dando a mínima para os efeitos ocasionados pelo consumo de tais alimentos, que agora liberados, não há rotulação que venha a impedir o consumo, mera conveniência que desde 2004 por conta de uma lei que obriga a rotulação de tais produtos vem sendo prontamente ignorada. Assim, sequer sob a condição de cobaias, dado que, é cobaia todo e qualquer animal usado em laboratório com o fim de proporcionar, a uma pesquisa, resultados através do manejo controlado de substâncias a esses mesmo animais, nós brasileiros, em escala inferior aos ratos, segunda apreciação auferida pelo Estado, estaremos nos servindo cotidianamente de lixo, pois quem duvida que num primeiro momento estimularão o consumo reduzindo o preço para estimular o consumo? Quem duvida que a parte mais miserável da população será a maior arruinada? Já viram como a população carente se alimenta mal? Compra leite fajuto de quinta com gosto de soda caústica pra variar a mesa e não tem um puto furado pra comprar alimento orgânico e livre de agrotóxicos porque isso é privilégio de bolsos privilegiados. Já percebeu que o perfil da miséria começa a ganhar a curva da obesidade hipertensa e cardíaca neste país e que isso tem relação direta com a alimentação nos é acessível e no geral é de péssima qualidade? Ou ainda acredita que a pífia repercussão que o tema ganhara na grande mídia (que para o mal de todos deforma decisivamente a consciência dos cidadãos) aliada a divulgação falaciosa dos benefícios proporcionados por tais alimentos é um indício de que o assunto não merecia mesmo destaque? Ainda duvida que as filas de hospitais irão engordar com novos casos de tumor?
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Mais uma vez somos vítimas da ingerência irresponsável do desgoverno, que só funciona mancomunado com o interesse privado para o bem e felicidade do mesmo. Com isso as megacorporações da transgenia dão o primeiro passo na estratégia para o domínio e monopolização do mercado de sementes com a liberação para consumo no território brasileiro.
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DEVEMOS NOS ORGULHAR?
Não.
As variedades de milho foram todas vetadas em diversos países europeus. No Reino Unido a Bayer retirou seu pedido de liberação comercial, já que não podia garantir que o milho Liberty Link quando consumido por seres humanos não causaria mal a saúde dos mesmos. Já no caso do milho da Monsanto, MON810, a lista dos países europeus que o proibiram é extensa: Alemanha, Áustria, França (maior país agrícola da Europa), Grécia, Hungria, Polônia e Suíça.
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Outros importantes dados endossam com louvor toda e qualquer intenção que motivada por bom senso após tais informações, deveriam de maneira óbvia inspirar estes senhores e senhoras que temos o desprazer de votar para não representarem nossas demandas sociais, vetar a liberação e a comercialização de alimentos transgênicos para consumo humano e “animal”. Mas os interesses privados prevaleceram e nós outra vez estamos na alça de mira.

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1) No dia 18 de junho de 2007 circulou na mídia o relatório de um estudo desenvolvido pelo instituto de pesquisa Criigen da França, que apontava um alarmante resultado: ratos alimentados com milho o transgênico NK603 (Monsanto) apresentaram em 90 dias alterações de peso, tal como, nos tamanhos dos rins, cérebro, fígado e coração. O estudo concluiu, após tais constatações que os ratos apresentavam sinais de intoxicação.
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2) Em outro estudo, publicado em março pela Archives of Environmental Contamination and Toxicology (Arquivos de Contaminação Ambiental e Toxicologia), encontrou evidências similares de danos hepáticos causados por outra variedade de milho da Monsanto, MON863.
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3) Na mesma linha, Geoffrey Lean do jornal britânico "The Independent" obteve, em 2005, detalhes de um estudo secreto realizado pela companhia Monsanto que mostra que ratos alimentados com o milho transgênico MON863 tinham rins menores e variações na composição de seu sangue. Segundo o mesmo relatório confidencial de 1.139 páginas, esses problemas de saúde não apareceram em ratos alimentados com produtos não-transgênicos. Na mesma matéria, G. Lean torna clara a posição de médicos a respeito das mudanças no sangue dos roedores; esses concluem que tal transformação indica que o sistema imunológico do rato foi danificado ou que uma doença como um tumor havia surgido e o sistema lutava para combatê-la.
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Como podemos notar, mediante o negativo histórico dos resultados adquiridos com o manejar de dietas ricas em milho transgênico à ratos, os governos europeus adotaram a precaução e decidiram não permitir o plantio e o comércio dessas variedades de milho transgênico, impossibilitando com isso o consumo dos seus, tal como, em paralelo zelam pela preservação de seu meio ambiente e de sua soberania alimentar.
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Carmesin

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