LIXO INDUSTRIAL: A MAIS NOVA DIETA DO BRASILEIRO
Quem acha que é recente este problema em nossas vidas se engana. Já há muito somos o alvo da experiência destes grandes laboratórios. Vale lembrar o relatório da Organização Não-Governamental Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações de Agro-biotecnologia (ISAAA), que nos informa que só no ano passado (2007) os agricultores brasileiros cultivaram 15 milhões de hectares de lavouras transgênicas, o que representou um crescimento de 3,5 milhões de hectares a mais que em 2006, sendo 14,5 milhões de hectares a área plantada de soja transgênica e 500 mil hectares a de algodão. Concomitante a este aumento de 30% do cultivo em relação a 2006, a lavoura de transgênicos sofreu um acréscimo superior a 15 vezes no uso de alguns agrotóxicos.
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Naquilo que condiz ao poder de escolha do consumidor, desde 2004 uma lei exige que toda empresa que fabrique produto onde 1% ou mais da matéria-prima seja transgênica, rotule tal produto com a seguinte identificação.
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No entanto, a lei só começara a ser cumprida este ano e somente por duas empresas: Cargill e Bunge e ainda sim, parcialmente, pois somente o óleo de soja, fabricado por ambas, sofrera rotulação, muito pouco se considerarmos a grande variedade dos produtos que levam a marca das mesmas.
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Isso significa que não existem transgênicos sendo comercializados para nós brasileiros? Claro que não. O que acontece é que a própria industria alimentícia que produz com matéria-prima transgênica oferece resistência à legislação e não rotula os seus produtos como obriga a lei em vigor desde 2004. Isso não se dá por acaso, dado que, preocupadas somente com as suas margens de lucros, temem essas empresas que o seu produto a base de transgênico seja rejeitado pelo consumidor brasileiro.
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Como motivos não faltam para isso alienam a informação do consumidor. Vale lembrar o quanto reagiram tais multinacionais a tentativa de poucas instituições sensatas do governo conjuntamente com setores organizados e sensatos da sociedade, anos atrás tentarem criar nos supermercados uma sessão só com produtos transgênicos. O que era pretendido era uma forma de discriminar os transgênicos facilitando a identificação do consumidor. No entanto, como a desinformação é um pilar fundamental na estratégia de venda dessas multinacionais do transgênico, seu lobb poderoso aliado aos seus representantes diretos no legislativo fizeram o político, como é o costume neste país, e rejeitaram tal proposta. O trágico resultado disso fora, por conseguinte, a nossa primeira derrota. Com os produtos transgênicos diluídos nas prateleiras dos supermercados a informação de consumidores desinformados torna se ainda mais precária ou inexiste, isso dados os silêncios consentidos da mídia e do próprio governo sob o tema.
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Com isso, tem-se o cenário ideal para a indústria do transgênico. Barateamento, num primeiro momento, dos custos de produção, consumidores cuja ignorância fabricada pela mídia e pelo governo estimulam a venda e o consumo de lixo industrial, logo, por conseguinte as multinacionais do transgênico têm altas margens de lucro, dado o valor com o qual são repassados sem o obstáculo legal, descaradamente ignorado. Em suma, desinformação e legislação ignorada são os principais pilares que permitem o consumo, logo as altas margens de lucros dessas multinacionais.
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No entanto, a lei só começara a ser cumprida este ano e somente por duas empresas: Cargill e Bunge e ainda sim, parcialmente, pois somente o óleo de soja, fabricado por ambas, sofrera rotulação, muito pouco se considerarmos a grande variedade dos produtos que levam a marca das mesmas.
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Isso significa que não existem transgênicos sendo comercializados para nós brasileiros? Claro que não. O que acontece é que a própria industria alimentícia que produz com matéria-prima transgênica oferece resistência à legislação e não rotula os seus produtos como obriga a lei em vigor desde 2004. Isso não se dá por acaso, dado que, preocupadas somente com as suas margens de lucros, temem essas empresas que o seu produto a base de transgênico seja rejeitado pelo consumidor brasileiro.
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Como motivos não faltam para isso alienam a informação do consumidor. Vale lembrar o quanto reagiram tais multinacionais a tentativa de poucas instituições sensatas do governo conjuntamente com setores organizados e sensatos da sociedade, anos atrás tentarem criar nos supermercados uma sessão só com produtos transgênicos. O que era pretendido era uma forma de discriminar os transgênicos facilitando a identificação do consumidor. No entanto, como a desinformação é um pilar fundamental na estratégia de venda dessas multinacionais do transgênico, seu lobb poderoso aliado aos seus representantes diretos no legislativo fizeram o político, como é o costume neste país, e rejeitaram tal proposta. O trágico resultado disso fora, por conseguinte, a nossa primeira derrota. Com os produtos transgênicos diluídos nas prateleiras dos supermercados a informação de consumidores desinformados torna se ainda mais precária ou inexiste, isso dados os silêncios consentidos da mídia e do próprio governo sob o tema.
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Com isso, tem-se o cenário ideal para a indústria do transgênico. Barateamento, num primeiro momento, dos custos de produção, consumidores cuja ignorância fabricada pela mídia e pelo governo estimulam a venda e o consumo de lixo industrial, logo, por conseguinte as multinacionais do transgênico têm altas margens de lucro, dado o valor com o qual são repassados sem o obstáculo legal, descaradamente ignorado. Em suma, desinformação e legislação ignorada são os principais pilares que permitem o consumo, logo as altas margens de lucros dessas multinacionais.
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Assim a consciência sobre aquilo que consumimos sequer nos é possibilitada. Somos reféns. Consumidores ativos e laboratório de experiência do mundo. Sequer somos ratos, tampouco cobaias. A resistência na rotulação é parte da estratégia de desinformação. Departamentos de marketing funcionando à toda. Desinformados consumidores fabricados engordando com lixo industrial. Governo sócio quando não governo? Daqui há pouco os transgênicos se naturalizam, serão parte da cultura alimentar do brasileiro. Misteriosamente os índices de câncer aumentarão assustadoramente, mas os responsáveis não serão apontados. Talvez apontem a “inferioridade genética” do brasileiro, mentira como bode espiatório tão corriqueiramente usada como argumento em nossa história, ou talvez como gostam tanto de generalizar o Homem.
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Carmesin
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